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  • Cairo - Teólogos lutam contra a circuncisão feminina
    sábado, dezembro 30, 2006

    No Cairo, foi desencadeada uma pequena revolução: uma conferência de teólogos muçulmanos de alto escalão concordou que a mutilação genital feminina é irreconciliável com o islamismo. A prática dolorosa, e freqüentemente fatal, da circuncisão feminina afeta milhões de mulheres na África.

    O grito de Fátima é aterrador e angustiante. A garota, que parece ter cerca de oito anos de idade, grita em pânico, no início devido ao medo, e depois por ser incapaz de suportar a dor pela qual está passando. Ela está deitada no chão de uma cabana de pau-a-pique em algum lugar no deserto etíope. O seu corpo se contorce de dor à medida que ela grita, chora e, finalmente, fica deitada choramingando. O seu vestido novo, verde com estampas floridas, está ensopado de sangue.

    Dois homens e a mãe dela pressionam essa criança delicada contra o solo e abrem as suas perninhas finas. Uma mulher velha se agacha em frente a Fátima, empunhando uma lâmina brilhante e uma grossa agulha de cerzir. Hoje é o dia em que Fátima se transformará em uma mulher. Uma mulher decente.

    A agulha grossa serve para levantar os lábios da vulva a fim de facilitar o corte destes. A mulher velha coloca a lâmina na posição. Primeiro ela corta os pequenos lábios da vulva e a seguir o clitóris. Há sangue por toda parte.

    A garota arqueia o corpo pequeno, coberto de suor. A mulher joga freqüentemente um líquido leitoso sobre a ferida para prevenir infecções. A seguir a avó da garota entra na cabana, apalpa a ferida e pede a mulher velha que faça um corte mais profundo. O processo recomeça. Os gritos de Fátima são quase insuportáveis. Se a imagem desta menina passando pela circuncisão feminina é tão difícil de suportar, como é que ela consegue agüentar a dor?

    Finalmente o trabalho é concluído. A ferida é fechada com espinhos. Apenas uma pequena abertura é deixada. Um pedaço de palha é inserido neste pequeno orifício para impedir que ele se feche. A seguir as pernas de Fátima são amarradas juntas com uma corda para permitir que a ferida cicatrize. Ela ficará de cama, com as pernas amarradas desta forma, durante várias semanas. A mulher velha conclui a sua tarefa bárbara com um tapa nas costas da menina. Agora Fátima é uma mulher.



    Milhões de vítimas

    Cerca de 6.000 mulheres são vítimas da mutilação genital todos os dias. Ou cerca de dois milhões por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMC) calcula que entre 100 e 140 milhões de mulheres em todo o mundo sejam circuncidadas. A maioria das mulheres circuncidadas vive em 28 países da África, bem como na Ásia e no Oriente Médio. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo menos 90% das mulheres são circuncidadas em países subdesenvolvidos como Etiópia, Sudão, Djibuti, Somália e Serra Leoa. Por outro lado, quase não se pratica a circuncisão feminina no Iraque, no Irã e na Arábia Saudita. A OMC identifica quatro tipos de mutilação genital:



    a. Tipo I, ou "clitorectomia": extirpação da pele em volta do clitóris, com ou sem a extração de parte ou de todo o clitóris.

    b. Tipo II, ou "excisão": remoção de todo o clitóris e de parte ou da totalidade dos pequenos lábios.

    c. Tipo III, ou "infibulação": remoção de parte ou de toda a genitália externa, e a costura do orifício vaginal, deixando-se apenas uma pequena abertura.

    d. Tipo IV: várias outras práticas, incluindo perfurações, incisões ou retalhamento do clitóris.



    Uma em cada três meninas morre como resultado da infibulação, também conhecida como mutilação faraônica. As mulheres são submetidas à circuncisão há milhares de anos, e o costume está profundamente enraizado no pensamento humano. Certas tradições exigem que as mulheres sejam circuncidadas, e muitas vezes é a própria mulher que deseja dar continuidade a esse ritual, em parte como forma de impedir que as meninas tenham desejos sexuais. De fato, uma mulher não circuncidada é considerada sem valor algum no mercado de casamentos em muitos locais por ser tida como "impura" ou "livre".



    Condenação contundente

    Embora a circuncisão seja muitas vezes defendida com razões supostamente religiosas, não existe justificativa religiosa para essa prática, nem no cristianismo nem no islamismo. A condenação contundente por parte de líderes religiosos e morais é necessária para que essa prática terrível seja abolida. Mas parece existir um movimento em curso - pelo menos se um evento ocorrido no Cairo duas semanas atrás for tomado como um indicador. Tal evento equivaleu a uma pequena revolução.

    Clérigos e teólogos muçulmanos da Alemanha, da África e do Oriente Médio passaram dois dias discutindo a mutilação genital feminina. O objetivo da conferência foi declarar que essa forma de circuncisão é incompatível com a ética do islamismo como religião global.

    Foi um alemão que organizou e financiou a conferência. Em 2000, Rüdiger Nehberg, 71, um homem conhecido por aventuras como a travessia do Oceano Atlântico em um barco movido a pedal, criou a Target, uma organização de direitos humanos dedicada a combater a mutilação genital feminina. Desde então, Nehberg, acompanhado da sua companheira de toda a vida, Annette Weber, tem viajado pela África com a sua câmera de vídeo, documentando essa prática inumana, e procurando obter o apoio de lideranças políticas e religiosas à sua causa. Aonde quer que vá, Nehberg diz: "Esse costume só pode ser abolido com a força do islamismo". Ao organizar a conferência, que foi realizada na Universidade Al-Azhar, no Cairo, sob os auspícios do grande mufti egípcio Ali Jumaa, Nehberg chegou um passo mais perto da sua meta.

    Vários acadêmicos muçulmanos importantes participaram do evento. O ministro egípcio de organizações religiosas de caridade, Mahmud Hamdi Saksuk, condenou a prática, assim como o grande xeque da Universidade Al-Azhar, Mohammed Sayyid Tantawi. Até mesmo o renomado e notório clérigo e jornalista egípcio, Yusuf al-Qaradawi, que goza de grande popularidade no Oriente Médio devido aos comentários que faz na rede de televisão Al Jazira, participou da conferência no Cairo.

    Qaradawi fez jus à sua reputação como elemento de linha dura ao inicialmente criticar não a mutilação, mas o fato de a conferência ter sido financiada por uma instituição estrangeira. Ele também reclamou do título da conferência, "A Proibição da Violação do Corpo Feminino pela Circuncisão", alegando que este era tendencioso e arrogante.



    Uma prática proibida pelo islamismo

    Mas depois de muita hesitação, até mesmo Qaradawi concordou que o Alcorão afirma ser proibido mutilar a criação de Deus. "Nós estamos do lado daqueles que proíbem essa prática", declarou ele, acrescentando, entretanto, que os médicos devem proferir a palavra final.

    Mas as ativistas dos direitos das mulheres não acharam que isso foi suficiente. Mushira Chattab, a embaixadora especial da primeira-dama egípcia e diretora do Conselho Nacional de Infância e Maternidade, pediu aos especialistas em direito que participaram da reunião que assumissem uma postura clara contra a circuncisão feminina. A seguir ela se dirigiu a Qaradawi e disse: "Você não deveria deixar a condenação dessa prática a cargo dos médicos".

    Todos os médicos presentes à conferência concordaram que não existe justificativa na medicina para a mutilação genital feminina. Heribert Kentenich, médico chefe da clínica de mulheres do Hospital DRK em Berlim disse que "não dá para entender de forma alguma" o fato de 75% dessas circuncisões no Egito serem realizadas por médicos. "Fico horrorizado ao constatar que existem médicos enriquecendo com essa prática", acrescentou Kentenich.

    O número estimado de casos de circuncisão feminina caiu significativamente - alguns dizem que a queda foi de até 97%, outros que foi de 50% -, mas é impossível obter estatísticas precisas. Ainda que a queda tivesse sido de apenas 50%, isso já representaria cerca de 400 mil meninas por ano. "Conferir um caráter médico à mutilação genital feminina parece tornar essa prática mais aceitável", afirma Kentenich.

    Dentre as conseqüências diretas da circuncisão feminina estão hemorragias, dores terríveis e uma ansiedade que pode gerar traumas. Além disso, a prática pode ainda provocar infecções do aparelho urinário, do útero, das trompas de falópio e dos ovários. Outras conseqüências como o tétano, gangrena e infecção generalizada podem ser fatais. Além disso, as mulheres que são submetidas à mutilação faraônica experimentam dores durante a menstruação, quando o sangue se acumula na vagina devido ao fato de a abertura ser muito pequena para permitir o fluxo normal. As mulheres mutiladas também correm um risco maior de serem infectadas com o HIV.

    O ato sexual é doloroso para as mulheres circuncidadas. A fim de consumar o ato, os homens muitas vezes penetram as suas mulheres à força. Aqueles cujos pênis não são capazes de consumar a penetração usam uma faca para aumentar a abertura vaginal. As mulheres circuncidadas podem enfrentar complicações durante a gravidez, e tanto a mãe quanto a criança correm um risco maior de morrerem durante o parto.

    Não existe nenhuma justificativa religiosa para essa prática. Todas as três principais religiões monoteístas mundiais definem o homem como sendo uma criação perfeita do todo-poderoso, e condenam qualquer dano infligido à criação de Deus. No seu sura 95, verso quatro, o Alcorão afirma: "Nós criamos o homem segundo a nossa mais perfeita imagem". Além disso, o islamismo preconiza que tanto os homens quanto as mulheres devem experimentar a satisfação sexual, e satisfazer a mulher é considerado um dever conjugal do marido - uma tarefa praticamente impossível quando a mulher é circuncidada.

    Embora os participantes da conferência tenham de forma geral concordado quanto a esses fatos, alguns homens insistiram insistentemente em defender a circuncisão como prática estabelecida. "As nossas mulheres são circuncidadas há milhares de anos, e elas nunca reclamaram", gritou um ancião agitado na platéia. Ele afirmou que a conferência era uma conspiração ocidental, e disse que a exposição de fotos de circuncisões se constitui em um crime.

    Mas os teólogos e clérigos na platéia declararam que a circuncisão feminina é um costume deplorável, para o qual não existe qualquer fundamento nos textos religiosos. Eles pediram aos parlamentos dos países nos quais essa prática é comum que instituam leis transformando a mutilação genital em um crime.

    O grande mufti do Egito assinou a resolução no dia seguinte. Ali Jumaa declarou acreditar firmemente que a luta contra esse costume terrível será bem sucedida. Os muçulmanos baseiam grande parte de seus comportamentos nas opiniões legais emitidas pelos líderes religiosos.

    Para Rüdiger Nehberg, o aventureiro engajado em uma cruzada pelas mulheres, a conferência representou a realização de um sonho. "Eu agora pretendo imprimir um pequeno livro contendo as recomendações e os comentários dos líderes religiosos, e distribuir quatro milhões de cópias em todo o mundo", disse Nehberg.

    FONTE
    UOL/MÍDIA GLOBAL
    publicado em 07/12/2006
    por Amira El Ahl
    posted by iSygrun Woelundr @ 11:32 da manhã   0 comments
    Kant - "o mal não é a simples privação do bem"
    terça-feira, dezembro 26, 2006


    No site Mundo dos Filósofos, existe uma bem preparada página sobre Kant, didática e bem inteligível. Veja um trecho que fala sobre o mal, segundo Kant:

    "A primeira obra importante de Kant - assim como uma das últimas, o Ensaio sobre o mal radical - consagra-o ao problema do mal: o Ensaio para introduzir em filosofia a noção de grandeza negativa (1763) opõe-se ao otimismo de Leibnitz, herdeiro do otimismo dos escoláticos, assim como do da Aufklärung.

    O mal não é a simples "privatio bone", mas o objeto muito positivo de uma liberdade malfazeja. Após uma obra em que Kant critica as ilusões de "visionário" de Swedenborg (que pretende tudo saber sobre o além), segue-se a Dissertação de 1770, que vale a seu autor a nomeação para o cargo de professor titular (professor "ordinário", como se diz nas universidades alemãs).

    Nela, Kant distingue o conhecimento sensível (que abrange as instituições sensíveis) e o conhecimento inteligível (que trata das idéias metafísicas). Em seguida, surgem as grandes obras da maturidade, onde o criticismo kantiano é exposto. Em 1781, temos a Crítica da Razão Pura, cuja segunda edição, em 1787, explicará suas intenções "críticas" (um estudo sobre os limites do conhecimento). Os prolegômenos a toda metafísica futura (1783) estão para a Crítica da Razão Pura assim como a Investigação sobre o entendimento de Hume está para o Tratado da Natureza Humana: uma simplificação brilhante para o uso de um público mais amplo.

    A Crítica da Razão Pura explica essencialmente porque as metafísicas são voltadas ao fracasso e porque a razão humana é impotente para conhecer o fundo das coisas. A moral de Kant é exposta nas obras que se seguem: o Fundamento da Metafísica dos Costumes (1785) e a Crítica da Razão Prática (1788). Finalmente, a Crítica do Juízo (1790) trata das noções de beleza (e da arte) e de finalidade, buscando, desse modo, uma passagem que una o mundo da natureza, submetido à necessidade, ao mundo moral onde reina a liberdade."

    Ballone GJ - Kant, in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2005
    posted by iSygrun Woelundr @ 6:39 da tarde   0 comments
    Salammbô

    História

    Salammbô é o nome da filha de Aníbal Barca, célebre conquistador cartaginês. Durante as primeiras Guerras Púnicas, teve este de proceder à contratação de enormes contingentes de soldados mercenários que, findas as batalhas contra os romanos, acabaram rebelando-se e atacando a principal cidade da colônia africana dos fenícios.
    Após um festim comemorativo feito pelos comerciantes em homenagem às vitórias, um dos mercenários, chamado Mâtho, apaixona-se pela bela princesa Salammbô, a filha do general. Consagrada para o culto à deusa Tanit, esta conserva-se pura e virginal, desconhecendo a realidade mundana.
    Tem início a revolta dos mercenários, por não terem recebido as prometidas recompensas, sendo Mâtho um dos seus principais chefes. Aníbal encontra-se fora da cidade, que é cercada pelos milicianos. Tomado por sua paixão desenfreada, Mâtho ocultamente penetra em Cartago, o que resulta no roubo do Zaïmph - o manto sagrado da deusa - e no qual nenhum mortal poderia tocar.
    O retorno de Aníbal, marcado pela oposição dos seus conterrâneos, dá início a uma longa série de batalhas, vitórias e reveses para ambos os contendores. Corajosamente, Salammbô segue ao acampamento rebelde, a fim de recuperar o objeto divino, indo diretamente à tenda do chefe revoltoso que, ante a inusitada realização de seu maior desejo - estar ao lado da amada - desfalece. A moça, assim, retorna com o manto - para isto tendo que tocá-lo.
    Após intensas lutas, quando tudo parecia perdido para Aníbal, este sai vitorioso, e Mâtho é capturado. A jovem princesa dele se apaixonara, e sua morte por lapidação, durante os festejos de suas núpcias com Narr' Havas (outro mercenário, que desertara para o lado dos cartagineses) leva a moça a também morrer... fôra-lhe fatal tocar no Zaïmph...


    Polêmica
    Charles-Augustin Sainte-Beuve, crítico francês, lançou diversas censuras ao livro de Flaubert, acusando-o de cometer infindáveis imprecisões históricas no seu romance, dentre as quais: a crucifixão de leões, a descrição do templo de Tanit, o uso de perfumes por Salammbô - dentre outras - às quais o autor rebateu. Em carta, Saint-Beuve lhe responde que "Eu disse tudo, V. respondeu, os leitores atentos que julguem. O que eu aprecio sobretudo, e que todos hão de apreciar, é essa elevação de espírito e de caráter que fez a V. suportar com toda a naturalidade as minhas contradições, o que nos obriga a maior estima para consigo".
    Já em relação às acerbas críticas feitas pelo Sr. Frœhner, diretor da Revue Contemporaine, Flaubert foi mais enfático, chegando a acusá-lo de leviano.
    Diversos outros autores e críticos comentaram largamente esta obra-prima que, entretanto, não foi tão grandiosa quanto o seu Madame Bovary.

    Referência
    Salammbô - trad. de João Barreira, Livraria Chardon, Porto, 2ª ed., 1905.

    Adaptações
    Salammbô foi adaptado para diversos outros midia, até tornar-se um jogo de videogame, feito na Alemanha, na década de 90.

    Ópera
    Salammbô transformou-se numa ópera pelas mãos do francês Ernest Reyer e em outra do compositor russo Modest Mussorgsky. Esta última, de 1863, nunca foi apresentada, ao passo que a versão de Reyer estreou em 1890.
    O autor contemporâneo Philippe Fénelon compôs uma versão em 3 atos (libreto de Jean-Yves Masson), que estreou na Ópera da Bastilha, em 1998.

    Cinema
    Duas adaptações cinematográficas foram produzidas:
    Salammbô (1925), filme francês, de Pierre Marodon com Jeanne de Balzac , Rolla Norman , Victor Vina.
    Salammbô (1960), colorido, co-produção ítalo-francesa, dirigida por Sergio Grieco, cenário de John Blamy, e no elenco Jeanne Valérie (Salammbô), Jacques Sernas (Mâtho), Edmund Purdom (Narr Havas), Riccardo Garrone (Amílcar), Arnoldo Foà (Spendius).



    Banda Desenhada
    Philippe Druillet fez uma adaptação livre do romande para os quadrinhos, adaptando a antiga história à ficção científica. Publicada a partir de 1980, era composta por 3 álbuns:
    Salammbô
    Carthage
    Mâtho


    Escultura
    O escultor francês Maurice Ferrary (1852-1909), produziu uma bela peça, retratando Salammbô nos braços de Mâtho, atualmente no Museu de Liverpool, na Inglaterra .
    posted by iSygrun Woelundr @ 6:12 da tarde   0 comments
    CROMOTERAPIA


    A Cromoterapia é uma ciência que usa a cor para estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções. Tem sido utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, como no Egito antigo, nos templos de luz e cor de Heliópolis, como também na Índia, na Grécia, na China, onde suas aplicações terapêuticas foram comprovadas através da experimentação constante e verificação de resultados.

    Atualmente há estudos onde se determina qual a cor mais adequada para ambientes de estudo, ou de trabalho, ou hospitais,etc. Até nas propagandas o uso de cores é estudado, dependendo do objetivo a que se quer chegar, o público alvo e o produto que está sendo trabalhado.

    A Cromoterapia é baseada nas sete cores do espectro solar e cada cor tem uma vibração específica, atuando desde o nível físico até os mais sutis. Querer catalogar, classificar as cores, é limitar o poder da luz. Cada cor tem uma infinidade de aplicações, pois elas são utilizadas conjugadas a outras energias que estão além dos sentidos, em outras dimensões. Por isso, eventualmente, pode-se usar determinada cor conseguindo-se determinado efeito e, em circunstância diferente, é preciso usar outra até aparentemente antagônica para conseguir o mesmo efeito.

    Para cada pessoa deverá ser feita uma sensibilização diferente, pois a cor deverá combinar com as cores dessa pessoa. Não há cor melhor ou pior, mais nobre ou menos nobre, o que pode haver é a cor errada para determinado momento.

    Por exemplo: costuma-se catalogar o azul como uma cor calmante e quando um paciente se queixa de irritação, nervosismo, costuma-se pensar em alguma cor dentro dos tons de azul. Mas esse paciente pode estar muito desenergizado, tentando superar essa falta de energia e ficando irritado por não conseguir o desempenho que gostaria de ter. Nesse caso, sua necessidade poderia ser de uma cor energética como o vermelho ou o laranja, quando então se acalmaria.

    O cromoterapeuta deve ter formação e visão holística e a sensibilidade desenvolvida para utilizar as cores da forma adequada, ativando as energias que estão deficitárias, ajudando na recuperação de células doentes e contribuindo na indução a melhores hábitos mentais que se traduzirão em melhoria da ação, dos hábitos e da conduta, levando à harmonização e à saúde integral.

    Cada parte do nosso corpo esta estritamente relacionada com as cores do espectro, portanto, dependendo da moléstia, necessitamos tratar essa parte com sua cor vibracional correspondente. Por exemplo: diabetes usamos o amarelo por sua ação reativadora e renovadora.

    Cromoterapia é um tratamento terapêutico baseado em cores que podem ajudar a curar moléstias que se apresentam em nosso corpo físico. O ser humano e a natureza necessitam da luz do sol para viverem. Sem luz não há vida e dessa maneira, o homem e a natureza recebem a luz solar e esta se decompõe em sete raios principais que são distribuídos por todos os nossos corpos, físico e energético. Se houver desequilíbrio dessas cores, as doenças refletem-se no nosso corpo físico e adoecemos.

    A Cromoterapia, através de suas cores energéticas, reestabiliza o equilíbrio do organismo, obtendo-se, portanto, a cura. No tratamento Cromoterápico, podemos utilizar várias técnicas como fonte de cura ou harmonização: luz do espectro solar, luz de lâmpadas coloridas, alimentação natural, mentalização das cores e ainda contato com a natureza. As técnicas descritas aqui, podem ser utilizadas no tratamento das moléstias conforme tabela (na opção "tratamento").

    Luz do Espectro Solar:
    Para essa técnica utilizamos um copo, garrafa, ou recipiente de vidro transparente, e neste, colocamos água potável, envolvendo-o com papel colorido (na cor recomendada conforme tabela de tratamento).
    A exposição ao sol deverá ser de, no mínimo, 4 horas, para que a água possa ser carregada com a energia solar refletida pelo papel colorido.
    Deverá ser tomado dois copos de água carregada ao dia, sendo um pela manhã em jejum e o outro à noite antes de dormir. A duração desta técnica de tratamento estende-se até a melhora do sintoma.
    Essa técnica também pode ser usada com óleo de amêndoas para massagens locais (apenas uso externo).

    Luz de Lâmpadas Coloridas:
    Nessa técnica utilizamos um bastão com bocal para lâmpada, escolhemos uma lâmpada de 25Watts com a cor estabelecida na tabela de tratamento.
    Aplicamos em movimentos circulares, sentido horário, numa distância de 5cm da pele. Essa exposição deve ser por um período de 5 minutos, uma vez ao dia, até o desaparecimento dos sintomas.
    Aplicação da luz azul para problema muscular
    Aplicação de luz amarela para tratamento do fígado.
    Luz azul no tratamento das articulações
    Luz verde para infecções.

    Alimentação Natural:
    Como coadjuvante do tratamento, a alimentação natural tem sua devida importância na harmonização do nosso sistema. Para isso, devemos selecionar alimentos que têm sua cor relacionada com o seu tratamento Cromoterápico. Exemplo: se estiver tratando com a cor amarela, procurar ingerir mais alimentos com essa tonalidade.
    Mentalização das Cores:
    Se você tiver uma certa facilidade em visualizar mentalmente as cores do espectro, poderá ser feita essa mentalização no respectivo local ou órgão pelo prazo de 30 segundos duas vezes ao dia.
    Contato com a Natureza:
    Como nosso corpo físico está estritamente ligado ao nosso campo mental, faz-se necessário que esvaziemos a mente do estresse diário para tanto, o contado com a natureza é uma fonte benéfica para a tranquilização da mente e harmonização do corpo.

    Significado das Cores:

    Vermelho: Ativador da circulação e sistema nervoso (não utilizado)
    Rosa forte: Age como desobstruidor e cauterizador das veias, vasos e artérias e eliminador de impurezas no sangue

    Rosa: Ativador, acelerador e eliminador de impurezas do sangue.

    Laranja: Energizadora e eliminadora de gorduras em áreas localizadas.

    Amarelo forte: Fortificante do corpo, age em tecidos internos.

    Amarelo: Reativador, desintegrador de cálculos, purificador do sistema e útil para a pele.

    Verde forte: antiinfeccioso, anti-séptico e regenerador.

    Verde: Energia de limpeza, vaso-dilatador e relaxante dos nervos.

    Azul forte: Lubrificante das juntas e articulações.

    Azul: Sedativo, analgésico, regenerador celular dos músculos, nervos, pele e aparelho circulatório.

    Índigo: Anestésico, coagulante e purificador da corrente sanguínea. Limpa as correntes psíquicas.

    Violeta: Sedativo dos nervos motores e sistema linfático, cauterizador das infecções e inflamações.

    Reunimos, em uma tabela, os casos de enfermidades mais comuns e sua recomendação de tratamento. Enfermidades e seu tratamento.

    MOLÉSTIA COR:

    · Indigestão, hepatite, icterícia, fígado, vesícula-biliar, pâncreas, rins, intestinos, espinhas e afecções da pele (Amarelo)
    · Asma, bronquite e pulmões (Laranja)

    · Problemas sanguíneos, feridas, infecções e cistos mamários (Verde)

    · Resfriado, sinusite, infecção do ouvido, estresse, tensão nervosa, reumatismo agudo e articulações (Azul forte)

    · Inflamação de garganta, tireóide, prisão de ventre e espasmos (Azul)

    · Inflamações dos olhos, catarata, glaucoma, cansaço ocular, e pistache (sangramento nasal) e nevralgias (Índigo)

    · Incontinência urinária e psicoses (Violeta)


    Amarelo

    É a cor favorável aos nativos de Gêmeos e de Virgem, e do Planeta Mercúrio. O amarelo é a cor do dinheiro mais do que do amor e deve ser usado quando se está procurando ou começando um novo emprego. O amarelo dá confiança aos tímidos, mas não deve ser usado quando o que se vai fazer exija paciência e atenção aos detalhes.

    A cor amarela tem ação estimulante, purificadora e eliminadora sobe o fígado, intestinos e pele. Também energiza a região digestiva fortalecendo a digestão. Purifica a corrente sangüínea e ativa o sistema linfático, mas é na pele que se manifesta sua poderosa propriedade curativa, estimulando a regeneração dos tecidos e acelerando o processo da cicatrização.

    Depois do branco, esse raio é o que fornece o máximo em energia.

    É a cor responsável pelo estimulo mental. Sintonizamos a cor amarelo quando sentimos a vida vazia, para que novas idéias comecem a fluir. É importante em processos para tirar a pessoa da estagnação.

    É um raio de grande propagação, com muita luminosidade e contém profunda sabedoria, esclarecimento, discernimento, afastando os medos e as incertezas. Dá energia, calor e coragem. Indica libertação.

    Como é um raio mental, estimula as faculdades psíquicas e induz ao raciocínio lógico, à capacidade de racionalizar, facilitando o auto controle.

    É a cor recomendada em situações de desespero e melancolia, e ajuda a reduzir e eliminar a depressão. Sugere alegria, diversão e descontração.

    Roupa Amarela

    Azul

    É a cor favorável aos nativos de Touro e de Libra pois é a cor de Vênus. Exerce influência de amor e paz e exprime felicidade.

    É considerada a cor de maior propriedade terapêutica, pois possui maior efeito curativo. Produz um efeito calmante, refrescante, adstringente, absorvente e analgésico em todos os órgãos e sistemas do corpo humano.

    É uma cor fria, elétrica e em força de contração, por isso contrai as artérias, veias e vasos capilares, acalmando a psique. Age no sistema nervoso parassimpático e neurovegetativo, reduzindo o excitamento nervoso.

    O azul é considerado a cor mais popular do arco-íris. É uma cor que permite uma compreensão exata das coisas, proporcionando uma atmosfera de verdade absoluta.

    Possui requisito prévio para a empatia, para a experiência estética e para a consciência meditativa, correspondendo a um temperamento calmo. Sua percepção sensorial é a doçura, seu conteúdo emocional é a ternura, fisiologicamente é a tranquilidade e seu órgão é a pele, de onde se conclue que o eczema e a acne podem muitas vezes estar associados a relações pertubadas que envolvem ternura, amor ou afeto íntimo.

    Roupa Azul

    Roupas azuis proporcionam um bom apoio para as pessoas que são facilmente evolvidas; aparência jovem e arrojada, não dominante, calmante das tensões nervosas. São indicadas para se usar em ocasiões sociais pois combinam facilmente e não depreciam a personalidade de quem a está usando, mas convém combinar as roupas azuis com outras cores, para não se correr o risco de se sentir cansado e deprimido.

    Índigo

    Esse raio possui efeito dissipador, relaxante das tensões e ao mesmo tempo se encarrega de energizar o corpo físico. É elétrico, frio a adstringente.

    Deprime o sistema nervoso, linfático e cardíaco. Ajuda a reduzir ou parar a hemorragia e tem efeito coagulante. Tonifica os músculos. Reduz o ritmo respiratório. Possui um efeito tônico e é anestésico, pois induz à anestesia local podendo até provocar total insensibilidade à dor. Leva a um estado de anestesia sem perda de consciência. Observa-se que o índigo eleva a consciência do paciente a tal nível de vibração que ele se torna insensível à dor física.

    O raio índigo promove a mais profunda visão e sentimento da essência da vida, elevando a consciência, a compreensão e o entendimento dos processos que envolvem a vida e a alma humana, sendo desta maneira eficaz no tratamento de doenças que afetam os órgãos da percepção: olhos, ouvidos e nariz. Qualquer manifestação de doenças nesses órgãos, estão relacionadas à recusa ou maneira conflitante com que percebemos a vida e as pessoas em nossa volta.

    É uma cor reconfortante, recomendada para quem sofre de claustrofobia e para quem tem complexo de inferioridade.

    Representa o poder e os conhecimentos mais elevados e a vida terrena. Esse raio faz as pessoas atingirem o mestrado da ciência metafísica. Tornam-se saibas em vez de crentes, pois as respostas lhes são reveladas. Essa cor nos faz ansiar pela verdade e pelo conhecimento.

    Roupa Índigo


    Roupa de cor índigo deixa a pessoa tranquila, serena, estabelecida e mantém o controle. É relaxante. As pessoas que as usam recebem calma. É uma cor que transmite paz.


    Preto

    O preto é o extremo da luz. O mundo visível torna-se invisível. Do escuro surge a claridade que vai fazendo com que surja a luz .
    O Preto e o Branco são energias opostas e encerram em si a totalidade. A luz representada pelo branco (YANG), é vida, calor e construção.
    O preto, associado à escuridão (YIN), representa a morte e destruição.

    Preto e branco, escuridão e claridade são de fundamental importância e o equilibrio dessas duas energias gera a condição de vida.

    O preto é a não percepção e sua presença não afeta nenhuma das cores, justamente por não refletir a luz, ao contrário do branco que reflete e estimula todas as cores.

    Roupa Preta

    O uso de roupa preta mostra o desejo de manter-se misteriosos e assim individualizar-se. É o desejo de manter-se atrás, de esconder-se. Convém lembrar-se que a cor preta esconde os traços mais atraentes, faz o sorriso parecer desanimado e os olhos sem brilho e vitalidade.

    Tem registros os casos de pessoas que quando estão se sentindo em baixa estima ou estão mal, escolhem roupas escuras. Lembro que nesses casos, devem usar roupas claras e vivas que alegra e ajuda a mudar o astral.

    Roupa Branca


    O uso de roupa branca lembra alegria, jovialidade e festa. Gera uma paz e alto astral que vai além dos limites da roupa, permeando até a alma.



    Verde

    É a cor favorável para os nativos de capricórnio. O matiz da primavera é o símbolo da esperança e da sinceridade, e é bom usar o verde quando se quiser chamar a atenção. É a cor do equilíbrio e da harmonia do corpo físico, mental e emocional. Possui efeito calmante, refrescante e suavizante de todo o organismo, agindo como regenerador dos órgãos e sistemas. De natureza tônica exerce influência no desempenho do coração e no suprimento do sangue. É calmante do sistema nervoso, e por agir como sedativo deste sistema ajuda nos casos de irritação, insônia e esgotamento. Tem propriedade anti-séptica, bactericida, germicida e desinfetante.

    É uma cor que permite o mínimo de atividade, facilitando a fixação no lugar. Tanto permite o movimento, quanto a posição estática. É o perfeito equilíbrio entre a atividade e a passividade. Mantém sensível o equilíbrio, e tem propriedade de equilibrar e neutralizar.

    É o raio que governa não apenas o coração físico, como também as emoções. Observamos que as doenças cardíacas têm origem nos níveis emocionais e são causadas por alguma repressão ou inversão de sentimentos.

    Roupa Verde

    Sua cor em roupas, permite a condição interna de um julgamento claro, dando estrutura e suporte de equilíbrio para esse julgamento. Mas não tem o impulso necessário para uma decisão efetiva, porque apesar de criar uma atmosfera propícia para uma ampla analise da situação, essa cor, não induz a uma definição por um curso de ação.

    Essa cor é indicada para pessoas hiperativas, pois permite que esse estado se mantenha sem causar estresse.



    Vermelho

    Vermelho é a cor específica de MARTE. Favorece os nativos de Áries e de escorpião.

    É uma cor estimulante e deve ser usada com cuidado. É a mais poderosa das cores. Existem pessoas que não conseguem usar o vermelho.
    O vermelho não deve ser usado quando se quer uma reconciliação ou em ocasiões em que o tato exigir diplomacia , mas ser usado quando numa situação é preciso ter coragem e energia, aí ele pode ter um efeito mágico.

    É a cor do sangue, da circulação, da corrente sanguínea. Representa o elemento fogo. Estimula a força criativa e processos de restauração orgânica. Vitaliza as energias etéricas, criando um forte impulso à ação. Causa o estímulo da sexualidade, levando a um impulso sexual tão intenso quase fazendo com que se perca o controle.

    Deve-se usar o vermelho quando se está abatido, desanimado, melancólico, exaustos e cansados fisicamente, mas nunca em situação de estress.

    Roupa Vermelha

    Recomendada para pessoas que estão em estado de desânimo, com falta de vitalidade , mas que estão saudáveis. Para quem quer ser visto, para chamar a atenção. Ideal para a prática de esportes e para competição. É usada por mulheres para causar reação e apetite sexual nos homens.

    Violeta

    A cor violeta favorece os nativos de Câncer, e a cor púrpura é a favorável dos nativos de Sagitário.
    É a cor da transmutação e da espiritualidade. Com essa cor obtém-se uma concentração voltada para a capacidade ideal em orações e meditações pois equilibra a consciência. É a cor da dignidade e da divindade. Eleva a auto-avaliação e auto-estima da pessoa que perdeu o senso da beleza humana, além de desenvolver ritmo ao sistema orgânico.

    A cor violeta alimenta o sangue e a parte superior do celebro. É um purificador sangüíneo e promove a produção e o fortalecimento dos leucócitos, estimula o baço e é importante para o desenvolvimento dos ossos, provoca transmutação do desejo e a fome excessiva.

    O raio violeta detém o crescimento de tumores, porque mantém o equilíbrio do potássio e do sódio no corpo e tumores não progridem no meio onde existe potássio.

    Quando existir estado de excitação nervosa ou vascular no organismo, o raio violeta proporciona harmonia e saúde, sendo importante em tratamento de neurose, irritação nervosa, doenças inflamatórias, etc.

    Em pessoas sensíveis como os artistas, músicos e etc., que apresente algum desajuste na personalidade o raio violeta restaura a paz e a calma.

    O violeta é considerado uma cor de cura. Transforma as vibrações mais baixas nas mais elevadas. É a cor da limpeza astral, purifica as energias negativas ao redor ou dentro de nós. É a mais ativa vibração de todos os raios cósmicos de energia. É uma poderosa vibração sutil que atua sobre o mais elevado corpo do homem. É uma cor harmonizadora, vivificante, e permite um perfeito sincronismo dos ritmos corporais. Tanto o violeta quanto o púrpura são chamados "raio do poder".

    A predominância do raio violeta é o serviço e a abnegação. Sua vibração é tão elevada que pode nos impelir a um sacrifício próprio por um ideal, independente das consequências que isso traria ao corpo físico.

    Roupa Violeta

    As roupas nos tons de violeta proporcionam envolvimento de paz e amor, sem ansiedade. Estimulam o interesse, sem preocupação, sem autoridade e sem exigência. É bom para o equilíbrio, concentração e prece.
    Não devemos usar roupa violeta quando estamos deprimidos, pois nesse caso o violeta pode aumentar a depressão.

    Laranja


    É a cor do SOL. Favorece os nativos de LEÃO. Promove a cordialidade, e representa o orgulho.
    Representa a combinação do vermelho com o amarelo. Tem a capacidade de transmutar a energia sexual em magnetismo, carisma e em cura.

    O raio laranja está relacionado com a comunicação, facilita a expressão e ajuda em relacionamentos, pois favorece a diálogo.

    Atua diretamente no corpo etérico, é usada para quebrar bloqueios e traumas psíquicos. É indispensável em tratamentos de moléstias físicas.

    É a cor das idéias novas, realça as emoções, proporciona sensação de bem estar, alegria, satisfação, leveza e prazer. Elimina a depressão e a tristeza, dispersa pensamentos sombrios e preocupações. Remove inibições, repressões e condicionamentos do passado.

    Roupa Laranja

    Seu uso proporciona descontração e causa serenidade no pensar.
    É jovial, causa leveza, alegria e bom humor. É também anti-depressiva.

    Mesmo proporcionando prazer e aumentando a sensualidade, não é uma cor envolvente, não sendo portanto, uma cor boa para causar impacto em envolvimento sentimental. Também não é recomendada para quem precisa manter a autoridade.


    AYIN NUN VAV

    Paz, Amor e Luz !
    Pétala
    http://br.groups.yahoo.com/group/DICAS_ESPIRITUAIS/
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    ESPÉCIE HUMANA PODERÁ SE DIVIDIR EM DUAS RAÇAS

    Os "humanos inferiores" na versão cinematográfica
    da ficção científica em A Máquina do Tempo, novela de H.G. Wells


    A espécie humana poderá se dividir em duas sub-espécies ou duas raças dentro de 100 mil anos. A previsão é do teórico evolucionista Oliver Curry, da London School of Economics. Para o especialista, a espécie atual, homo sapiens, vai atingir o seu auge evolutivo no ano 3.000; depois disso terá início um declínio genético, resultado de dependência tecnológica. A decadência deve gerar dois tipos humanos: um superior e outro inferior. As pessoas tenderão a escolher seus parceiros sexuais reforçando a divisão da espécie.

    Os descendentes da "classe superior" serão altos, magros, saudáveis, atraentes, inteligentes e criativos; o oposto da "classe inferior": intelectualmente prejudicados, feios, atarracados e corcundas como gnomos. Entretanto, em um futuro mais próximo, em cerca de mil anos, os homens evoluirão: serão mais altos, como gigantes de dois metros de altura ou mais e a expectativa de vida deve subir para 120 anos. Porte atlético, aparência jovem, pele lisa, cabelos brilhantes, olhos claros e pele morena definida cruzamento entre as etnias serão características da humanidade do terceiro milênio.

    Dez mil anos depois, essa humanidade começará a pagar o preço genético das comodidades proporcionadas pela tecnologia. Sedentarizados e acomodados ao extremo por engenhos que poderão suprir todas as necessidades e substituir toda a iniciativa, as pessoas desenvolverão o individualismo enquanto haverá retração na sociabilidade, na comunicação, na interação com outros seres humanos.

    Estes solitários auto-suficientes, serão cada vez mais insensíveis às emoções como amor, simpatia, compaixão; terão uma aparência juvenil e as mandíbulas frágeis, sem queixo, retração física-estrutural causada pelo consumo de alimentos processados. Paradoxalmente, surgirão problemas de saúde decorrentes de avanços na medicina que vão inibir as reações naturais do sistema imunológico. Enquanto a morte será adiada ao máximo, deficiências genéticas serão preservadas, como aquelas que causam o câncer.

    Nas sociedades do futuro, a escolha de parceiros sexuais - ou de mera procriação, será determinada por sua excelência genética ou "estirpe", por serem "matrizes" mais saudáveis; esse fator, combinado com as diferenças econômicas que determinam o acesso às tecnologias de seleção genética levarão a humanidade, inevitavelmente, a uma divisão da espécie em "superiores" e "inferiores" que, fatalmente, deverá se refletir em uma divisão social muito nítida: uma classe ocupando posições privilegiadas e outra, subalterna, desempenhando as funções mais grosseiras.



    Vidência Científica!
    por Ligia Cabús (Mahajah!ck)


    Contraste real: os "inferiorizados" contemporâneos do Terceiro Mundo vivem lado a lado com os privilegiados norte-americanos e europeus. As diferenças de classe são um quadro chocante em todos os países da face da Terra e repetem uma situação milenar: poucos com muito, muitos com nada. A "evolução" não chega para todos. A culpa é da indiferença burra e incompetente daqueles que parecem ser mais inteligentes!

    A minoria "proprietária" do planeta, homens e mulheres que detêm o poder político e econômico de mudar a situação; os puritanos que jamais conseguiram implantar um controle de população; que não têm tempo nem interesse imediato de equacionar a redistribuição da renda e dos bens. Os superiores se acham muito seguros e bem instalados no alto de suas torres de vidro e aço. Enquanto isso o nível da lama vai subindo, os miseráveis vão enlouquecendo e, um dia, a podridão vai chegar ao último andar da perfumada cobertura triplex! Que importa? A esperança dos bem-posicionados é a salvação pelo tempo; um tempo que não os alcançará vivos... e que se ferrem os herdeiros da tecnocracia.

    Os cientistas videntes, profetas do futuro são sempre muito engraçados, por mais sombrios que possam ser seus vaticínios. Enquanto os místicos de feira fazem previsões para a próxima semana, ou para o ano que começa, sempre arriscando a contrariedade dos fatos que lhes custa o descrédito perante a "freguesia", os cientistas, muito mais inteligentes e com o "terceiro olho" mais aguçado, preferem prever um porvir longinqüo, e tanto melhor se já estiverem bem mortos, quando não poderão mais ser questionados cara a cara se tudo acontecer de modo muito diferente do que foi descrito em suas "profecias".

    Este senhor, Oliver Curry, do texto acima, é exatamente desse tipo: ele faz previsões ousadíssimas, para um futuro de, no mínimo, mil anos, quando fala do terceiro milênio e vai além, estendendo seus "olhos de lince" há dez mil e cem mil anos adiante no tempo. Curiosamente, a maioria desses cientistas é bastante pessimista: em suas "visões" a humanidade tende sempre para o pior. São verdadeiras "bocas de praga"! Entre catástrofes geológicas, cósmicas, biológicas e sociológicas, o quadro é sempre de uma civilização caótica, de um mundo inabitável, uma realidade infernal!

    O sr. Curry diz que a espécie humana será dividida em duas classes de gente: os "graciosos" e os "brutos"; superiores e inferiores. Como sempre, o progresso, os avanços tecnológicos serão os grandes vilões da desgraça! Em um primeiro momento, as benesses da tecnologia farão emergir indivíduos magníficos e esta magnificência corresponde a uma aparência idealizada de beleza: altos, pele lisa, olhos brilhantes, cabelos de propaganda de shampoo, tudo isso acompanhado de uma inteligência afiada amparada por máquinas e recursos bioquímicos que vão suprimir do cotidiano qualquer sofrimento e esforço físico.

    Entretanto, os benefícios da ciência não chegarão para todos, o que resultará em uma enorme parcela da população de desfavorecidos, os "sem técnica", os "sem ciência". Estes ficarão "ao léo" (ou ao "Deus dará"...), desocupados, mal-tratados, serão feios, atarracados; a estes caberão as últimas "funções sujas e pesadas" da sociedade clean and bealtifull. Mas... em um período de dez mil anos! os belos e bem resolvidos começarão a sentir na pele o preço de sua posição privilegiada: serão dizimados por doenças degenerativas, devorados por microorganismos resistentes a qualquer sistema imunológico. Os feiosos, a esta altura já organizados em movimentos sociais violentos e acostumados ao lixo, escaparão da maldição do progresso. Os brutos vão rir por último, enfim, dentro cem mil anos!

    Felizmente, neste momento histórico o sr. Curry, eu, você, sua mãe e sua empregada doméstica já estaremos a sete palmos abaixo da terra, fossilizados, quem sabe dentro de uma urna carcomida pelos séculos ou ainda, em cinzas, nosso físicos dispersos na água-terra e ar e, talvez, encarnados em novos corpos, vivendo regaladamente em outro lugar! O sr. Curry vê o homem do futuro alto, belo e cabeludo; questão de ponto de vista. Outros cientistas tão bons quanto ele ou mais "viram" exatamente o contrário: desdentados de tanto comer papinha, carecas porque, biológicamente também os pelos tornam-se mais e mais desnecessários, flácidos, baixinhos, pálidos-transparentes de tanto ficar sentados, "emocozados" (protegidos do sol, sem sair da toca), cobertos de filtro solar para evitar câncer de pele e pés de galinha, dedos compridos de tanto apertar botões e todos com cabeções, de tanto pensar em como chegamos a este ponto!

    Nesta sociedade de gnomos ricos, quanto mais anêmico mais lindo! Os altos, cabeludos, morenos, dentados e malhados serão os incultos, as tribos bravas que o leviatânico-babilônico sistema econômico-científico-tecnológico usualmente deixa para trás e que, por sinal, atualmente, são a maioria das pessoas que habitam o tal do "terceiro mundo", mais especificamente, latinos, negros e asiáticos! Os sem teto, os sem terra, os sem PC, os sem celular, os sem salário e por conseguinte, sem comida e sem remédio; estes com a saúde exposta a um processo de seleção natural; estes, mais fortes e resistentes pelas circunstâncias, sobreviverão! - e serão apontados pelos últimos "anões molengas civilizados" com repugnância acompanhada de enfáticos comentários: "Argh! Ôh povo feio... meus Eus!"


    FONTE
    Human species 'may split in two' - BBC ENGLISH
    publicado em 18/10/2006
    tradução: Ligia Cabús (Mahajah!ck)
    posted by iSygrun Woelundr @ 4:48 da tarde   0 comments
    Rousseau e a Política

    Tem uma excelente página sobre Rousseau e a Política de autoria de Gilda Naécia Maciel Barros. Veja um trechinho:
    "Recusando-se a tratar separadamente a política e a moral, e visando a investigar os fatores que se interpõem entre o indivíduo e a sua felicidade, a partir do postulado de que o homem, degradado em sua natureza pelo processo histórico de socialização, pode, em princípio, recuperar sua integridade essencial, Rousseau, mais do que desenvolver pensamentos sobre educação, desenvolve uma teoria normativa do homem e da sociedade, coroada, na seu inspiração, por um autêntico projeto de cidadania,para cuja compreensão O Contrato Social e Da Economia Política oferecem preciosos subsídios.

    Se o ponto de partida de seu raciocínio é a crença na boa natureza do homem e o alvo a felicidade dele, o problema que se coloca é o de conservar nessa natureza a sua qualidade originária e saber onde deve ser posta a felicidade. Lembremo-nos de que esse objetivo - fazer o homem feliz - nada mais é do que confirmar a sua integridade, de que nos dá conta o dogma rousseauniano da bondade natural. Em termos mais amplos, isso implicaria em pensá-lo integrado na “boa sociedade”, adequada para tal fim, não só pelas condições de gênese e estrutura, dadas em O Contrato Social, como também de funcionamento, apresentadas no Da Economia Política.

    Consideremos a “boa sociedade”. Para compreender a sua legitimidade devemos atentar para o seguinte. De um lado, é preciso referir o nascimento e a organização do corpo político ao princípio da igualdade natural, a partir do qual a sociedade justa deverá ser dirigida por leis diretamente votadas pelos associados, por ato indelegável de vontade[2], que legitima o pacto social. De outro, não se pode deixar de lado o problema subseqüente do funcionamento dessa mesma sociedade, por conta de um poder - o governo, cujo tarefa deve restringir-se sobretudo à execução daquela vontade geral.

    O problema que nos interessa examinar aqui diz respeito ao status ôntico do homem na teoria política de Rousseau, mais precisamente, à natureza e limites da integração do indivíduo na sociedade, fundada, naqueles termos, pelo pacto social.

    Não é possível, ensina Rousseau, conservar em sociedade a mesma condição do estado natural. A desnaturação gesta um novo homem, que passa a viver com os outros e, nessa nova condição, sofrerá mudanças, virtualmente possíveis em seu estado natural. Serão benéficas se favorecerem a conservação da integridade de sua natureza. Na base dessas mudanças está a necessidade primária de criação de um artifício, o espírito social, assentado sobre uma condição existencial básica. Que condição é essa? Que idéia a traduz? É a condição de homem ao mesmo tempo “integrado” (súdito) e “ integrante” (cidadão). A idéia que a traduz? A de ser parte." (Fonte: Gilda Naécia Maciel Barros)
    posted by iSygrun Woelundr @ 4:40 da tarde   0 comments
    Carlos Castaneda


    Carlos Castaneda ou Carlos Aranha Castaneda (25 de dezembro de 1935 — 27 de abril de 1998) foi um escritor e antropólogo formado pela Universidade da Califórnia (UCLA); notabilizou-se após a publicação, em 1968, de sua dissertação de mestrado intitulada The Teachings of Don Juan - a Yaqui way of knowledge, lançado no Brasil como A Erva do Diabo.

    Em 1973 revê os conceitos apresentados na primeira obra em uma versão de sua tese de Phd intitulada Journey to Ixtlan - Lessons of Don Juan (Viagem a Ixtlan). Sua obra consiste em onze livros autobiográficos no qual relata as supostas experiências decorrentes de sua associação com o brujo conhecido por Don Juan Matus, índio da tribo Yaqui do deserto de Sonora, no México. Um 12° livro chamado Magical Passes (Passes Mágicos) foi lançado, mas destoa do conjunto da obra, se aproximando mais de um manual prático de aplicação de exercícios corporais.

    A Erva do Diabo se tornou um best-seller entre os jovens do Movimento Hippie e da contracultura, que rapidamente elegeram Castaneda um guru da nova era e formaram legiões de admiradores que queriam, por conta própria, reviver as experiências descritas no livro. Uma controvérsia se formou em torno de sua figura tanto por parte de admiradores, que queriam encontrar Don Juan pessoalmente e de alguma forma fazer parte do processo de aprendizado, quanto de céticos, que queriam encontrar motivos para desacreditá-lo academicamente, argumentando que o testemunho fornecido em seus escritos era ficional e apontando a escassez de fontes documentais sobre sua pesquisa de campo junto ao mestre índigena.

    Em 1973, no auge de sua fama, a conhecida revista norte-americana TIME publicou uma extensa matéria de capa sobre o autor. Esta só foi conseguida depois de muita insistência junto aos agentes literários do autor que, inclusive, posou para fotos em ângulos parciais, o que sempre evitava a todo custo. A abrangente matéria notabilizou-se por publicar o resultado de uma suposta investigação envolvendo a biografia de Castaneda antes da fama, e tinha entre seus objetivos implícitos e explícitos, o propósito de retratá-lo como um mentiroso. A reportagem alega que Castaneda era peruano, nascido na andina cidade de Cajamarca, cuja origem remonta ao império Inca. A reportagem cita amigos da terra natal e mesmo uma irmã de Castaneda falando sobre traços da personalidade de Castaneda, como alguém dono de imaginação fértil e entregue ao vício do jogo. Segundo ela, Castaneda seria filho de um relojoeiro e teria nascido no ano de 1925. Aos 24 anos, em 1951, teria decidido imigrar para os EUA após a traumática morte da mãe. No livro de entrevistas Conversando com Carlos Castaneda, da jornalista Carmina Fort, Castaneda, décadas depois, lamenta a decisão da TIME de publicar estes dados, que teriam sido inseridos porque ela "precisava de uma história". O autor ironiza o esforço da matéria em situar sua ascendência junto a índios sul-americanos.

    Segundo o próprio Castaneda, ele teria nascido no Brasil, em 1935, numa cidade do Vale do Paraíba, e passado a infância no município de Juqueri - atual Mairiporã, acidentalmente, no meio de uma família conhecida. Um parente - pelo lado paterno - era o famoso diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, presidente da ONU e embaixador em Washington por duas vezes. Seu pai, posteriormente um professor de literatura, tinha apenas 17 anos, e sua mãe, 15. Após a morte de sua mãe, quando tinha 6 anos, sua criação ficou a cargo dos avós maternos, pequenos proprietários rurais de uma granja. Episódios da sua infância no interior de São Paulo são descritos primeiramente em Viagem a Ixtlan e com mais detalhes em seu último livro, O Lado Ativo do Infinito. Semi-abandonado pelo pai, o autor guardou mágoa em relação a ele durante toda a vida, retratando-o algumas vezes como um homem fraco e sem propósito. Em um dos seminários que deu no final da vida, afirma que o pai havia se casado de novo e tido uma outra filha, e possuía uma grande biblioteca, tendo se tornado um notável leitor.

    O jovem Castaneda foi enviado para um importante colégio de Buenos Aires, o Nicolas Avellaneda, onde permaneceu até os 15 anos estudando e onde provavelmente aprendeu o espanhol que mais tarde viria exercitar no México. Tornando-se um problema para a família pelo seu comportamento revoltoso, Oswaldo Aranha, seu tio famoso e patriarca da família, teria intercedido para que ele arrumasse um lar adotivo em Los Angeles, Califórnia, em 1951. Depois de se formar ma Hollywood High Scholll, tentou cursar Belas Artes em Milão, na Itália, mas abandonou o curso por falta de afinidade, voltando então para os EUA e matriculando-se no curso de Psicologia Social da UCLA, escolha que seria alterada posteriormente ao mudar o curso para antropologia.

    Como relata em entrevista para Sam Keem, pensando em ir para o curso de antropologia, buscava a publicação de um paper para dar início à carreira acadêmica. Havia lido e escrito um pequeno ensaio sobre o livro de Aldous Huxley, As Portas da Percepção, que havia celebrizado no mundo ocidental os efeitos psicotrópicos da Mescalina, alcalóide alucinógeno presente em grandes quantidades no botão do cacto de peiote, que era usado de forma ritual por vários povos indígenas americanos. Pesquisou o tema das plantas medicinais em livros como o de Weston La Barre's, O ritual do peiote e partiu para o trabalho de campo. Foi então para o estado de Arizona, onde conheceu o índio brujo conhecido como Don Juan. Este viria a ser seu guia, e é personagem central nos livros autobiográficos que escreveu. O encontro com o índio foi um episódio marcante, que é recontado várias vezes na sua obra. Numa estação rodoviária, indicado por um colega da faculdade, Castaneda aproximou-se e apresentou-se como especialista em peiote, convidando o índio a lhe conceder entrevista. Como não sabia virtualmente nada a respeito do cacto, segundo relata, Don Juan teria captado sua mentira e devolvido-a com um olhar. Este olhar foi bastante significativo, pois Castaneda, normalmente um homem falante e extrovertido, ficou sem ação e tímido ao ser persercutado. Nas explanações posteriores, diz que Don Juan o havia capturado com o olhar mostrando-lhe o Nagual, pois havia visto que Castaneda poderia ser o homem que ele procurava para lhe passar seu conhecimento. Depois de mais alguns encontros, Don Juan lhe anuncia sua decisão e decide levá-lo a experimentar as plantas medicinais que Castaneda tanto pedia.

    Aos poucos o jovem ocidental e acadêmico foi sendo posto ao encontro de experiências cognitivas que desafiavam o poder de explicação de sua razão, sendo forçado finalmente a mudar toda a sua concepção de mundo em prol das novas explicações que o mestre lhe fornecia e que ia compreendendo, gradualmente. Como explica no sexto livro, O Presente da Águia, o sistema de interpretações e crenças que se dispôs a estudar terminou por engalfinhá-lo, ao se revelar tão ou mais complexo que o sistema "ocidental" de interpretações do mundo. Este é um ponto chave da obra, antes inédito na antropologia e uma das fontes das acusações difamadoras que foi recebendo aos poucos. Pela primeira vez um estudioso e intelectual ocidental admitia a inoperância das suas ferramentas teóricas para classificar o objeto de estudo. O jovem ocidental viu-se forçado a admitir sua fraqueza e sua vida desordenada e vazia e um indígena aparecia como um "caçador e um guerreiro", dono de um propósito inabalável e capaz de manipular e influenciar profundamente sua percepção e visão de mundo.

    Livros
    A Erva do Diabo (The Teachings of Don Juan: A Yaqui Way of Knowledge - 1968)
    Uma Estranha Realidade (A Separate Reality: Further Conversations with Don Juan - 1971)
    Viagem a Ixtlan (Journey to Ixtlan: The Lessons of Don Juan - 1972)
    Magia: Uma Descrição do Mundo (Sorcery: A Description of the World - 1973)
    Relatos de Poder (Tales of Power - 1975)
    O Segundo Círculo do Poder (The Second Ring of Power - 1977)
    O Presente da Águia (The Eagle's Gift - 1981)
    O Fogo Interior (The Fire from Within - 1984)
    O Poder do Silêncio (The Power of Silence: Further Lessons of Don Juan - 1987)
    A Arte de Sonhar (The Art of Dreaming - 1993)
    Porta para o Infinito (Readers of Infinity: A Journal of Applied Hermeneutics - 1996)
    Passes Mágicos (Magical Passes: The Practical Wisdom of the Shamans of Ancient Mexico - 1998)
    O Lado Ativo do Infinito (The Active Side of Infinity - 1999)
    Roda do Tempo (The Wheel Of Time : The Shamans Of Mexico - 2000) - uma antologia de citações comentadas.
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    Willard Van Orman Quine

    Willard Van Orman Quine (25 de junho de 1908 - 25 de dezembro de 2000), usualmente citado como Quine, mas conhecido pelos seus amigos como Van, foi um dos mais influentes filósofos e lógicos norte-americanos do século XX.
    Quine pertenceu à tradição da filosofia analítica ao mesmo tempo que foi um dos principais proponentes da visão que a filosofia não é análise conceitual. Quine lecionou filosofia e matemática durante toda a vida na Universidade de Harvard, onde foi titular da Cadeira de Filosofia Edgar Pierce de 1956 a 1978. Entre seus principais escritos encontra-se "Dois dogmas do empirismo", o qual ataca a distinção entre juízos analíticos e sintéticos e defende uma variedade de holismo semântico, e Palavra e objeto, o qual aprofundou tais posições e introduziu a famosa tese da indeterminação da tradução. Quine mostrou que a distinção entre juízos sintéticos e juízos analíticos não estava apoiada em nada firme, era um dogma que era aceito sem nenhuma justificação, apenas pela necessidade dos empiristas de isolar a convenção dos juízos testáveis. Sem este dogma, este princípio do atomistmo na verificação também não se sustenta e portanto é aceito apenas como um outro artigo de fé, um segundo dogma. Quine então conclama os empiristas a se livrarem dos dois dogmas e, sem distinção entre juízos sintéticos e juízos analíticos e aderindo a um holismo quanto à verificação, a endossarem um empirismo sem dogmas.

    Biografia
    Willard Van Orman Qune nasceu a 25 de junho de 1908 no Estados Unidos da América, educado no Oberlain Colege, tendo obtido o título de Doutor em Harvard, sob orientação de Alfred North Whitehead. Tendo sempre a Lógica como seu principal campo de interesse e objetivando e aperfeiçoar em tal campo visitou Viena, Praga e estudou com Lógica com Rudolf Carnap. Em 1936 tornou-se professor em Harvard. Morreu a 25 de dezembro de 2000, em seu país natal.


    Trabalhos Notáveis
    De um Ponto de Vista Lógico (From a Logical Point of View), 1953.
    Palavra e Objeto (Word and Object), 1964.
    Relatividade Ontológica e Outros Ensaios (Ontological Relativity and Other Essaysw), 1969.
    Filosofia da Lógica (Philosophy of Logic), 1970.
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    MARROQUINO: ESPERANÇA DE RENOVAÇÃO?
    sábado, dezembro 23, 2006

    Leitor (a) anônimo pergunta: "Ouvi falar que tem um rei do Marrocos com teorias novas que podem ser a base de um novo Islã. O que sabem disso?" - JAHMUSIC PESQUISA E EIS O QUE APURAMOS...


    Rei Mohammed VI, do Marrocos: buscando um sentido mais profundo nas páginas do Corão.

    O Que há com o Islã?
    Revista Época - 25/09/2006
    A violência do terrorismo suicida faz com que o mundo islâmico pareça sem saída. Aos Estados autoritários, como a monarquia saudita ou a república iraniana, parece opor-se apenas uma violenta militância islâmica. Há uma solução turca, que tenta impor o modelo ocidental e reservar a prática do islã à esfera privada. Mas ela obriga a uma mudança no coração do islã que as fontes da religião não autorizam. Não se pode ser islâmico sem uma dimensão política e social da religião. O Corão prevê que toda a ordem da vida seja determinada pelos ensinamentos de Maomé.

    Há, porém, outras leituras do Corão. Segundo o místico ortodoxo sudanês Mahmoud Muhammad Taha, o Corão foi revelado a Maomé em duas fases. A primeira foi em Meca, onde o profeta e seus seguidores viveram 13 anos como minoria religiosa. Essa mensagem seria de paz e liberdade, coexistência e igualdade de direitos, independentemente de sexo, classe social, raça ou religião. Seria o islã original. A segunda fase foi em Medina, que Maomé governou. Ali, os versos de compulsão da fé pela espada teriam prevalecido. Seria um islã adaptado às necessidade do século VII. No século XX, dizia Taha, os muçulmanos deveriam voltar sua atenção à mensagem de Meca. Mas Taha foi perseguido e enforcado pelo governo sudanês em 1985. Sua visão de islã ficou restrita a poucos fiéis.

    É por isso que a figura do rei do Marrocos, Mohammed VI, tem tanta importância. Mais novo representante de uma dinastia que está no poder há 350 anos e que reivindica uma descendência direta de Maomé, Mohammed VI está provocando uma tranqüila revolução em seu país. "Como Comandante dos Fiéis, não há a menor possibilidade de que combata a religião", diz Mohammed, aludindo a um dos títulos a que sua condição de rei do Marrocos lhe garante. "Eu combato a ignorância e a violência." Ele afirma que está tudo no Corão. No poder desde 1999, o jovem rei busca o sentido mais profundo das ordens de Maomé. E se preocupa mais em obedecer ao que seria a intenção do profeta que com as interpretações que se cristalizaram ao longo dos séculos. Assim, interpreta os ditos do profeta que descrevem a submissão da mulher ao marido não como indicação de que a mulher deve valer menos que homem.

    A intenção do profeta, diz o rei, era defender a família organizada e estável. Dessa visão decorreu uma reforma na legislação de família que, entre outros avanços impensáveis para o resto do mundo árabe, tirou do marido o direito de se divorciar da mulher apenas com uma declaração unilateral. Além disso, a mulher também pode entrar na Justiça pedindo divórcio. As mudanças implantadas por Mohammed VI têm agradado tanto à porção mais laica da sociedade quanto aos partidos islâmicos. Mas são muito recentes. Ainda não dá para dizer se terão futuro no Marrocos. Muito menos se esse descendente de Maomé vai conseguir um dia reinventar o islã.

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    Os movimentos das mulheres do Islã
    Le Monde Diplomatique
    O Marrocos adotou no início do ano [2004] uma nova lei sobre a família (mudawana). Uma reforma que marca data, pois erige em direito a igualdade entre os homens e as mulheres. O Marrocos é o segundo país árabe-muçulmano a dar esse passo. O primeiro foi a Tunísia. No entanto, atrás de uma fachada de abertura, o rei Mohamed VI, no trono desde 1999, exerce um poder absoluto e além desta lei sobre a família os avanços democráticos continuam limitados.

    A reforma da lei marroquina sobre a família é o fruto de um longo processo, impulsionado principalmente pelo rei e por um movimento de mulheres muito vigoroso, mesmo enquadrado pela charia (lei islâmica). As mulheres dispõem de agora em diante de um estatuto legal idêntico ao dos homens; têm o direito de iniciar um procedimento de divórcio, partilham dos direitos no seio da família e não estão mais sob a tutela de um homem da família (pai, irmão ou marido); são livres e independentes. Mas foi preciso aceitar compromissos. Por exemplo, a poligamia, claramente autorizada pelo Corão, não pôde ser abolida, mesmo que se tenha tornado quase impossível de praticar. Todavia, a tradução dos princípios da reforma em textos de lei revelou-se tumultuada. Um projeto de reforma precedente, o “Plano para a integração das mulheres ao desenvolvimento" foi apresentado em 1999 pelo primeiro ministro socialista Abderrahman Yussufi e depois apresentado ao Banco Mundial. O que suscitou as críticas do Ministro dos Assuntos Islâmicos, Abdelkebir Alaui M’Dghari. Finalmente, o debate tornou-se público, o governo recuou e dois campos se formaram: as militantes dos direitos das mulheres que se reuniram para criar a Primavera da Igualdade e do lado contrário, os islâmicos e seus aliados conservadores...


    Âncora na tradição árabe-muçulmana

    Em Rabat, em 12 de março de 2000, próximo ao Dia Internacional da Mulher, manifestações de apoio a este plano reuniram entre 100 mil e 200 mil pessoas, com a participação dos grupos de mulheres, de movimentos de direitos humanos e partidos políticos (e pelo menos seis ministros em exercício). Alguns reclamavam até uma reforma mais audaciosa. Em Casablanca, uma contramanifestação islâmica, denunciando o plano como pró-ocidental e anti-muçulmano mobilizou uma multidão visivelmente maior. O rei nomeou então uma comissão de quinze membros para revisar o plano e colocá-lo em conformidade com a lei islâmica. Entre as três mulheres da comissão figura Nuja Guessus, 50 anos, professora na faculdade de medicina e farmacologia em Casablanca, fundadora da Organização Marroquina dos Direitos Humanos (OMDH), sem rótulo político. Ela se declara feminista, "mas no sentido amplo: insiro meu percurso no universal e não acredito que isto esteja em contradição com os princípios fundamentais do Islã", esclarece. Em sua opinião, a denúncia do caráter pretensamente anti-muçulmano do plano obrigou "...os intelectuais marroquinos e as organizações de mulheres a elaborar uma argumentação muito sólida, fundamentada nas referências muçulmanas para provar que suas propostas não são ditadas pelas organizações internacionais ou as culturas ocidentais, mas que estão bem ancoradas também entre nosso patrimônio árabe-muçulmano. E esta é, na minha visão, a alteração tática mais importante na luta das mulheres”.

    A leitura do discurso no qual o rei anuncia a reforma é edificante: cada reforma é legitimada por uma referência ao Corão e às tradições proféticas, enquanto que o próprio conteúdo das mudanças é exatamente o mesmo do projeto do ano 2000. De um certo modo, os cinco atentados suicidas que mataram 45 pessoas em Casablanca em 16 de maio de 2003 aceleraram as decisões. De fato, este acontecimento sem precedente traumatizou profundamente a população. Se os terroristas pertencem ao jihad salafista, ligado à Al-Qaeda, muitos marroquinos lançam a responsabilidade destes atentados ao movimento de raiz islâmica, cuja antena parlamentar é o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (PJD). Na mesma hora, este apressou-se em aprovar o projeto revisado. Como explica Nouzha Guessus, os acontecimentos de 16 de maio soaram como uma sirene de alarme para os riscos de desvios extremistas e obrigaram cada um a tomar posição, inclusive o Estado marroquino. O que foi feito afirmando solenemente que não se tratava de modificar a escolha marroquina de construir um estado democrático, aberto, tolerante. Estes acontecimentos mostraram que o poder deveria levar em conta a situação geral do país particularmente no plano sócio-econômico. Igualmente, reforçaram a necessidade de mostrar que estamos em plena conformidade com os princípios do Islã.


    Nadia Yassine, porta-voz da Jama ‘a al-Adl wal-Ishan (Movimento Justiça e Caridade)

    As feministas leigas e as neo-sufistas

    As organizações de mulheres fundamentaram-se nas referências muçulmanas para provar que suas propostas não eram ditadas pelas organizações internacionais ou as culturas ocidentais O politólogo marroquino Mohamed Tozy qualifica de revolucionária esta reforma do código da família. Mas que, segundo ele, deverá ser acompanhada de um esforço de educação e de mudanças sociais. O que é confirmado por Leila Rhiwi, professora de comunicação na Universidade de Rabat e coordenadora da Primavera da Igualdade, formulando uma preocupação muito difundida no país: "Esta lei é de uma importância capital; põe a igualdade no lugar da submissão. Mas tenho medo de que na prática, diante dos tribunais em todo o Marrocos, não seja aplicada. Estamos deixando muita margem aos magistrados. Falta fazer muita coisa". E ela acrescenta: "Sou muçulmana do ponto de vista da contribuição cultural do Islã, mas inscrevo-me no registro do laicismo. Não recuso ser qualificada de ‘feminista leiga’. Começou-se a falar do laicismo ao mesmo tempo que da democracia, sobretudo depois do 16 de maio..."

    Consultora em administração e secretária geral de uma organização de direitos humanos, o Fórum Verdade e Justiça, Rhadija Ruissi, 40 anos, se reivindica feminista e completamente leiga. Ela também se preocupa com que "os juízes e magistrados não ponham em prática a nova reforma; são todos homens, só conhecem a discriminação".

    O que pensam a respeito disso as mulheres islâmicas elas mesmas, como Nadia Yassine, porta-voz da Jama ‘a al-Adl wal-Ishan (Justiça e Caridade), cujo pai, o Xeque Ahmad Yassine, 76 anos, fundador do movimento, escreveu em um livro intitulado Revolução na Hora do Islã que era preciso "islamizar a modernidade e não modernizar o Islã"? Nadia Yassine se considera "militante social neo-sufista" e rejeita o termo feminista, "revanchista demais" para seu gosto. Ela admite que a decisão de manifestar-se, em 2000, contra a reforma constituiu "um erro tático. Foi um gesto político, destinado a mostrar a força dos islâmicos. Mas também opúnhamo-nos à reforma porque ela emergiu da Conferência de Pequim (1), porque nos foi imposta pelo mundo exterior. Nossa sociedade talvez esteja doente, mas precisamos encontrar nosso próprios remédios. As mulheres ocidentais não tinham direito algum antes de lutar para obtê-los. No nosso país, aconteceu o inverso: fomos pouco a pouco privadas dos nossos".

    Mas acima de tudo, ela acha que "o mundo é espiritual por natureza. Para nós, os direitos das mulheres comportam três pólos: os homens, as mulheres e Deus. Lemos e relemos os textos sagrados: deu errado para as mulheres na época do califa Mu‘awiya (2) quando as mulheres tornaram-se escravas. Nós reivindicamos novos direitos, mas para uma melhor harmonia entre todos os membros da família. Os direitos das mulheres podem tornar-se prejudiciais e conduzir à desestruturação da família, que é preciso evitar”. Ela critica as deficiências da reforma: "A nova lei deveria ir muito mais longe e conceder às mulheres o direito de decidir, elas mesmas, em que condições aceitam a poligamia e o repúdio (3). E não toca em absoluto na questão da herança das mulheres".


    Movimento holístico e contestador

    As mulheres marroquinas estão divididas em dois campos monolíticos que se detestam e quase nunca se encontram : as leigas e as islãmicas O movimento de Nadia, o Al-Adl wal-Ihsan, exerce uma verdadeira influência, principalmente nas cidades e nas universidades (4): tem qualquer coisa de holístico, espalhando a esperança de transformação em todos os níveis, espiritual, político, cultural. Contesta o statu quo do rei e retira sua legitimidade de um real apoio popular. Recusando transigir em seus princípios, fica fora do sistema político. A maior parte de seus adeptos votam no PJD, partido religioso conservador que atrai os marroquinos ciosos da tradição. Segundo Hakima Mukatry, dirigente da Al-Adl wal-Ihsan em Rabat, suas idéias são muito diferentes das do PJD. "Eles aceitam jogar o jogo político, nós, não."

    Muitas mulheres que sofreram sob a velha mudawana são atraídas pelo Al-Adl wal-Ihsan, como Najia Rahman, 44 anos, que vem de Ujda, no leste do país. Era uma revoltada: recusava-se a cobrir a cabeça ou a rezar. Mas casou-se assim mesmo. Por desgraça. Depois de anos de maus tratos, unicamente dedicada aos filhos e ao trabalho, deparou-se com os escritos do Xeque Ahmad Yassine: "Eu disse a mim mesma, isto é novo; não é como Hassan al-Banna ou Sayyid Qotb (5). Eu tive de repente um estalo e aderi. Faz 18 anos. As militantes me encorajaram a divorciar-me, a retomar minha carreira, mas principalmente a pensar. Agora estou fazendo meu doutorado em psicologia." A lei sobre a família ? "Não vai ajudar-me a receber minha pensão de alimentos. O problema não é a lei. São as mentalidades, a corrupção, a ausência de educação das pessoas que estão nos tribunais de primeira instância". Reunidos em casa de uma pessoa em Casablanca, os membros do movimento trocam livremente seus pontos de vista sobre todos os assuntos, na presença de uma ou duas mulheres (o Al-Adl wal-Ihsan é misto) e sob a presidência de Nadia Yassine. Segundo eles, é preciso "dessacralizar a história muçulmana, reinterpretá-la, mudar as pessoas reeducando-as de A a Z". Eles dizem estar « prontos a jogar o jogo político, mas só se não estiver viciado, o que o palácio é incapaz de garantir. E não queremos simplesmente uma reforma eleitoral, mas uma real reforma constitucional. O palácio sabe que nós contestamos sua legitimidade. Mas nós contestamos também os privilégios do movimento das mulheres leigas. São elites francófonas."


    As infinitas variantes iranianas

    As militantes do Irã se definem em um número desconcertante de categorias : de tradicionais a modernas, de islâmicas a leigas, de conservadoras a esquerdistas, com infinitas variantes Assim, as mulheres marroquinas estão divididas em dois campos monolíticos que se detestam e quase nunca se encontram. No Irã, a situação se apresenta de modo totalmente diferente e as alianças são surpreendentes (6). As militantes se definem em um número desconcertante de categorias: de tradicionais a modernas, de islâmicas a leigas, de conservadoras a esquerdistas passando pelo centro liberal, com infinitas variantes. Entretanto, muitas militantes se identificavam, ao menos de início, com o movimento reformador liderado por Mohamed Khatami, com seu discurso sobre a sociedade civil, a liberdade de expressão e a importância do direito diante da oposição forte, às vezes violenta, dos « duros na queda » da teocracia conservadora. De fato, as mulheres e suas reivindicações de igualdade são uma das peças de equilíbrio do movimento pelas reformas democráticas.

    Seus sucessos, entretanto, são muito modestos. Principalmente por que as leis votadas pelo parlamento podem ser anuladas pelo Conselho dos Guardiães, que possui direito de veto. Assim, por exemplo, desde 29 de dezembro de 2003, as mães iranianas divorciadas conseguiram a possibilidade de conservar a guarda de seus filhos até a idade de sete anos (contra dois anos, antes). Elas já possuíam a guarda das filhas até sete anos, graças aos esforços encarniçados de Shirin Ebadi, qua atraiu a atenção para esta questão em 1997, defendendo a mãe divorciada de uma garotinha de seis anos, Aryan, morta pelos maus tratos infligidos por sua madrasta e seu irmão sob o teto do pai. Depois de duas décadas de má-vontade, esta pequena vitória apareceu como um avanço considerável.


    Vida de menor valor


    Como um todo, as mulheres e suas reivindicações de igualdade são uma das peças de equilíbrio do movimento pelas reformas democráticas Em junho de 2002, ao fim de um caminho igualmente longo, a idade mínima para casar passou a 13 anos para as meninas e a quinze para os meninos. Um compromisso. Na verdade, a lei votada pelo parlamento em agosto de 2000 preconizava respectivamente 15 e 18 anos. Todavia, desde 2001, toda mulher de mais de 18 anos tem o direito de viajar para o exterior sem autorização, exceto se for casada, quando deve então obter a permissão do marido (7). Mas outras leis votadas desde 2001 pelo parlamento - durante a sexta reunião da majlis (8) foram invalidadas: reforma das leis sobre a imprensa e o divórcio, proibição da tortura nas prisões, adesão à Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW). O essencial se mantém: a vida de uma mulher continua a valer menos que a de um homem. Assim, o "preço do sangue" (a compensação paga em caso de acidente ou morte) é inferior em metade ao que é pago por um homem (do mesmo modo que o adepto de uma religião minoritária só vale a metade de um muçulmano).

    Há também há a questão do hidjab, o código vestimentário obrigatório para um muçulmano (seu desrespeito pode ter como conseqüência até 74 chicotadas). Depois de anos de silêncio, a questão é enfim levantada, no governo de Khatami, por religiosos reformadores que se expressam em diferentes publicações e dos quais o mais conhecido é o ex-ministro do interior, Abdollah Nuri. Por ter explicado que a charia obriga a mulher crente a cobrir a cabeça e o corpo mas não diz nada a respeito das que não crêem, foi jogado na prisão por cinco anos (9).

    Os novos debates tornaram-se públicos graças à revista mensal Zanan (Mulheres) fundada em 1992 por Shahla Sherkat e celebrizada graças a um feminismo engajado que não se afasta demais do Islã. Zanan representa de longe a maior tiragem da imprensa feminina, até 40 mil exemplares. Sua concorrente mais séria só vende 5 000 exemplares. “Quando lancei Zanan, conta Shahla Sherkat, eu queria simplesmente fazer algo de útil com meus dez anos de experiência com os problemas das mulheres. Foi preciso uma certa coragem. A palavra « feminista » era uma injúria. Eu não queria passar por uma partidária do feminismo, eu só queria debatê-lo. O feminismo é um fenômeno inteiramente novo aqui: pode encorajar as mulheres a protestar juntas contra a desigualdade entre os sexos. É por isso que eu recuso juntar-lhe qualquer adjetivo, como «islâmico» ou «leigo». Não me preocupo muito com os rótulos. Eu sou simplesmente feminista".


    Repressão aos questionamentos


    O ex-ministro Abdollah Nuri foi jogado na prisão por ter explicado que a charia obriga a mulher crente a cobrir a cabeça e o corpo mas não diz nada a respeito das que não crêem. Durante um colóquio em Berlim em 2000, Shahla Sherkat questionou publicamente as regras da hidjab. Outros reformadores conhecidos tomaram parte nisso e todos foram punidos, Shahla Sherkat com seis meses de prisão com sursis. Shahla Lahiji, militante dos direitos humanos e diretora há vinte anos das edições Roshangran (premiadas pelo PEN internacional nos Estados unidos e pelo Prêmio Pandora no Reino Unido) pegou quatro anos e meio de reclusão (a pena foi reduzida a seis meses) por ter falado da censura. "A questão das mulheres é ainda muito delicada”, explica ela. “A expressão ’feminista islâmica’ cria problemas: as pessoas pensam que você se acha superior aos homens e que você anda pelada. O problema é que a religião se imiscuiu na vida privada: temos necessidade de separar a religião e o Estado. Eles (os mulás) gostariam de acentuar a segregação, com jardins públicos e ônibus reservados para as mulheres, etc. Agora, o que nós realmente precisamos é educar os homens." É proibido a Shahla Lahiji fazer uso da palavra em público. Como todo mundo no Irã, ela aceita a regra. Ela usa o hidjab “porque é a lei. Mesmo se eu não gosto do que está por trás, isto é, "Vocês, mulheres, vocês são o coração do pecado". Mas ela não se amargurou. Pelo contrário, extravasa esperança. E lembra os efeitos da guerra contra o Iraque nos anos 1980: "Mulheres tornaram-se chefes de família e isso deu-lhes confiança. Foi o começo. Hoje, a nova geração faz coisas espantosas. Há tantos talentos no nosso país. Veja o cinema! Não há muitos papéis femininos e não pode haver contato físico entre os sexos, mas veja quantos realizadores de primeira linha são mulheres! E quantas se formam: moças nos bancos das universidades estudando matemática ou as tecnologias da informação. No ano passado, mais de 60% dos estudantes do primeiro ano eram mulheres. Com todas as limitações que nos são impostas, é pura magia”.


    Os “direitos humanos” no Irã

    "A expressão ’feminista islâmica’ cria problemas. O problema é que a religião se imiscuiu na vida privada. Temos que separar a religião e o Estado", diz Shahla Lahiji Nuchim Ahmadi Rhorasani, 35 anos, é uma outra personalidade aberta e leiga. Ela publica um periódico trimestral, Fasl Zanan (A Estação das Mulheres) e milita pelos direitos humanos. Ela dirige, com Parvin Ardalan, o Centro Cultural da Mulheres, que monta espetáculos em público desde 1999, apesar do assédio oficial considerável do qual são objeto. Conseguiram criar uma associação não-governamental, mas nisso levaram dois anos: não têm nenhuma das vantagens ou financiamentos aos quais as associações não-leigas têm direito. Ahmadi Rhorasani e Parvin Ardalan se designam abertamente como feministas: "E somos leigas. Não temos necessidade de dizê-lo. No Irã, isto está implícito na expressão ’direitos humanos’, que subentende a separação entre a religião e o Estado. Até os dois últimos anos, a palavra feminista também era sinônimo de leiga. Nem a própria Shirin Ebadi se dizia feminista nessa época". De seu lado, Azam Taleqani, diretora da revista reformadora Payam-e-Hajer (A Mensagem de Hajer) atualmente proibida, é uma militante da velha escola, inserida na corrente nacional-religiosa. Esta filha de um célebre aiatolá, envelhecida e doente, continua muito respeitada. "Os homens deveriam reavaliar a situação das mulheres, mas eu me preocupo com o conjunto da sociedade, não somente das mulheres". Apesar de sua saúde debilitada, foi candidata na última eleição presidencial, "para testar a constituição: não há razão alguma para que uma mulher não possa se candidatar". Durante o verão de 2003, protestou sozinha, o dia inteiro sob um calor escaldante, contra a morte na prisão, no dia 12 de julho, da jornalista iraniano-canadense Zahra Kazami, presa por ter fotografado a prisão de Evin. Como essa mulher indomável se define ? Ela sorri: "Se eu soubesse, seria sem dúvida mais eficiente. Espero sabê-lo antes de morrer."


    O “feminismo muçulmano”

    Mahbubeh Ommi Abbasqolizadeh, 44 anos, dirige desde 1993 o jornal trimestral Farzaneh (Sábia), primeira revista iraniana dedicada aos estudos feministas (women’s studies). Ela dirige também várias organizações, umas governamentais, outras não. Seu sucesso, diz-se, vem do fato de que ela soube continuar próxima do establishment islâmico. Ela conta seu itinerário: "Eu era islâmica na época da revolução. Depois, nos anos 1980, eu estudei no Egito, inclusive as questões de gênero. Tornei-me feminista islâmica, o que significa militar a favor de avanços muito mais importantes por meio do que chamamos de ’jihad dinâmico’. Mas hoje, eu mudei de novo, eu me defino como feminista muçulmana e apóio-me nos movimentos dos intelectuais religiosos”. Entre estes últimos, uma das personalidades mais respeitadas, Hamidreza Jalaeipur, professor de sociologia na Universidade de Teerã se explica: "Sou muçulmano, mas não islâmico. Não creio no Islã como ideologia. Nós, intelectuais religiosos cremos em uma ’laicidade objetiva’, na separação da religião e do Estado como instituições mas não em termos de cultura." Segundo ele, "o Irã passou por uma fase fundamentalista: muitos entre nós tornaram-se ’pós-fundamentalistas’ e nós preconizamos um Islã mínimo. Um exemplo de ’laicidade objetiva’? "Talvez seja a Turquia, sob o atual governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento, que se aproxima mais."

    Mahbubeh Abbasqolizadeh observa: "Já que não temos a laicidade, esta representa para nós a democracia. Eu creio que é possível reconciliar o Islã e a democracia. A dificuldade surge quando se trata de aplicar este princípio às mulheres. E uma idéia muito nova."

    Mulheres como Shirin Ebadi têm um papel importante a desempenhar. Em sua modesta casa em Teerã, lenço de azul brilhante na cabeça, esta advogada de 56 anos, militante dos direitos da mulheres e das crianças, ainda acha que a reforma e o Islã são compatíveis. "Em todo caso, a constituição preconiza sua própria revisão se a necessidade se fizer sentir: ela prevê um procedimento de referendo com a possibilidade de modificar a lei. Então, as reformas não são impossíveis." Com relação às mulheres, ela assegura: "O movimento das mulheres está cada dia melhor organizado e mais solidário. As mulheres iranianas são instruídas o bastante, não precisam de chefes. Elas são unidas, corajosas, conscientes. E continuarão a lutar pela igualdade dos direitos.”

    Shirin Ebadi se diz muçulmana. Como Nuja Guessus no Marrocos, ela sabe que é preciso encontrar um terreno de entendimento onde o Islã possa coexistir com os direitos universais e a democracia. (por Wendy Kristianasen - Trad.: Betty Almeida)

    1 - Conferência internacional sobre os direitos das mulheres sob a égide da Organização das Nações Unidas que aconteceu em Pequim em 1995.

    2 - Primeiro califa da dinastia dos omêiadas (657-680). 3 - Os homens muçulmanos têm o direito de repudiar (divorciar-se) as esposas verbalmente (N.T.).

    4 - Nadia Yassine afirma que o movimento conta com centenas de milhares de simpatizantes, enquanto que o islamólogo marroquino Mohamed Tozy os situa entre dez e vinte mil.

    5 - Respectivamente fundador dos Irmãos Muçulmanos em 1928 e um de seus teóricios que será executado por Nasser em 1965.

    6 - Ler principalmente Azadeh Kian, “ des femmes iraniennes contre le clergé ”, Le Monde diplomatique , novembro de 1996.

    7 - Certas reformas foram introduzidas nos anos 1980-1990: as mulheres foram autorizadas a estudar certos assuntos que lhes eram proibidos antes, o acesso ao planejamento familiar e à contracepção tornaram-se livres, as leis sobre o divórcio tiveram emendas e a s mulheres foram nomeadas magistradas consultoras (Ebadi perdeu seu posto de magistrado em 1979).

    8 - Ler: Ziba Mir-Hosseini, “The Conservative-Reformist Conflict over Women’s Rights in Islam”, Intern ational Journal of Politics, Culture and Society, n° 16 (1), Boston, outono de 2002; “Debating Women: Gender and the Public Sphere in Post-Revolutionary Iran”, in Amyn Sajoo (ed), Civil Society in Comparative Muslim Contexts, I. B. Tauris & Institute of Ismaili Studies, London, 2002; Islam and Gender: the Religious Debate in Contemporary Iran, Princeton University Press, 1999 e I. B. Tauris, Londres, 2000.

    9 - Ler: Ziba Mir-Hosseini, “The Conservative-Reformist Conflict over Women’s Rights in Islam”, International Journal of Politics, Culture and Society, n° 16 (1), Boston, outono de 2002; “Debating Women: Gender and the Public Sphere in Post-Revolutionary Iran”, in Amyn Sajoo (ed), Civil Society in Comparative Muslim Contexts, I. B. Tauris & Institute of Ismaili Studies, London, 2002; Islam and Gender: the Religious Debate in Contemporary Iran, Princeton University Press, 1999 e I. B. Tauris, Londres, 2000.


    FONTES
    O que há com o Islã? - Revista ÉPOCA
    publicado em 25/09/2006
    Os Movimentos das Mulheres do Islã - Le Monde Diplomatique
    publicado em ABRIL/2004

    pesquisa: Ligia Cabús (Mahajah!ck)
    posted by iSygrun Woelundr @ 1:34 da tarde   0 comments
    GIGANTES: MUITO ALÉM DA MITOLOGIA
    por Ligia Cabús (Mahajah!ck)

    Gigantes são, geralmente, considerados como personagens mitológicas; fantasia de estórias infantis ou exagero dos relatos históricos e religiosos, símbolos de poder, figuras criadas pela imaginação dos antigos. Sendo assim, como explicar as peças arqueológicas que remetem à existência destas criaturas? Esqueletos, monumentos ciclópicos, encontrados em todo o mundo, cuja engenharia a ciência contemporânea não consegue explicar? Com tantos registros e evidências não seria absurdo supor que eles existiram e desempenharam um papel muito importante na história da raça humana.

    Os cientistas resistem em aceitar essa idéia. A confirmação da existência destes seres provocaria, necessariamente, uma mudança radical em mais de uma área do conhecimento: história, biologia evolucionista, arqueologia, antropologia. Entretanto, a busca da verdade científica exige flexibilidade de pensamento capaz de rever as teorias ortodoxas diante de descobertas inesperadas que, eventualmente, venham a acontecer.

    Muitos estudiosos têm defendido a teoria de uma raça pré-Adâmica e a existência de raças humanas que podem ter habitado o planeta em épocas muito remotas. Nessa linha de raciocínio os gigantes são uma hipótese significativa que não pode ser simplesmente descartada sem uma investigação minuciosa; existem mitos numerosos que se referem a eles. Considerar todos esses mitos como mera fantasia é, no mínimo, uma atitude ingênua e preguiçosa daqueles que preferem a ignorância ao trabalho de pesquisa e de possível reformulação de um conjunto de idéias comodamente estabelecido. Um exemplo clássico de referência histórica à existência de gigantes é um texto da Bíblia judaico-cristã:

    Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e escolheram esposas entre elas. O Senhor então disse: "Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos. Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados em tempos antigos. [GENESIS 6:1-4]

    O texto acima refere-se gigantes vivendo em uma época antes do dilúvio de Noé e depois desta grande inundação. Freqüentemente, são denominados Nephilim e relacionados aos "anjos caídos". Adão, tal como aparece no texto bíblico, é considerado o primeiro ser humano criado por Deus. Seria, então, um indivíduo. Entretanto, é de senso comum que a maior parte do Gênesis é uma escritura essencialmente alegórica e, portanto, Adão pode ser entendido como um nome genérico designativo de toda uma geração de humanos pertencente a uma raça anterior ao surgimento do homo sapiens, a espécie humana conhecida atualmente. Essa concepção abre espaço teórico para a admissão da raça ou raças pré-adâmicas. Seguindo a mesma lógica e considerando o conhecimento contemporâneo da geologia, é perfeitamente admissível que catástrofes naturais como o dilúvio não tenham ocorrido somente uma vez na história do planeta; ao contrário, vários cataclismas mudaram a face da Terra aos longo das eras.

    Estes episódios são mencionados em numerosos textos das mais diferentes culturas. Os registros sobre os gigantes aparecem sempre relacionados a uma época bem anterior ao "Adão bíblico". Muitos estudiosos, entre os quais o mais popular é autor de best sellers Eric Von Daniken (Eram os Deuses Astronautas e outros), têm interpretado os "anjos caídos" ou a "queda dos anjos" como uma visita de seres extraterrestres que chegaram a este planeta em um tempo que a ciência denomina de pré-história. Tais seres teriam realizado um mega-processo de colonização da Terra que incluiu interferências na atmosfera e experiências genéticas cujo resultado foi a espécie humana; uma espécie que evoluiu através de diferentes tipologias cuja descêndencia é a humanidade contemporânea.

    Uma das "pistas" mais citadas para a interpretação das personas angélicas com seres de outros planetas é a palavra "elohim", que também aparece no Gênesis bíblico referindo-se ao "Criador de todas as coisas", o "o Senhor". Ocorre que "elohim" é uma plural que significa "deuses", em contraposição ao singular "Elohi". Outra palavra que sugere um Criador ou uma criatura humanóide é "Jeová", cuja análise etmológica revela a contração de dois vocábulos hebraicos "Yod + Eva", mais precisamente, "Jah-Hovah" ou ainda "Jod-Hoavah", duas palavras que se referem a "macho" e fêmea", respectivamente, ou seja, um ser hermafrodita.

    o Hermafroditismo teria sido uma característica das primeiras raças humanas tal como aparece na estrutura biológica de alguns organismos que existem até hoje, especialmente entre criaturas microscópicas, planta ou em vermes, como a minhoca. A Doutrina Secreta defendida pelos adeptos da Teosofia apresenta uma teoria completa da evolução das raças humanas ou Antropogênese, começando por seres etéreos e assexuados, passando por densificação dos corpos, da forma, pelo hermafroditismo chegando, finalmente, às primeiras raças sexuadas com indivíduos machos e fêmeas. A Teosofia mantém essa hipótese sem nenhum recurso à interferência de extraterrestres, atendo-se apenas a concepção de evolução humana em tempo simultâneo ao próprio surgimento da Terra, em seus primórdios, como esfera em estado de fusão e densidade mais próxima da matéria líquido-gasosa (estado crítico) que se torna matéria sólida ao longo de trilhões de anos.

    Os gigantes, uma raça de humanos desaparecida, seja como fruto de experiências genéticas de extraterestres ou uma raça arcaica, seraim, então, parte de uma cadeia de tipos humanos criados em um ciclo natural de evolução da natureza terrena e poderiam, de fato, ter existido. Mitologias de muitos povos falam desses homens colossais. Ainda na Bíblia, um deles chega a ser explicitamente nomeado: Golias, um guerreiro filisteu, aquele que foi derrotado pelo pequeno Davi, segundo rei dos judeus. Também os gregos contam histórias de gigantes referindo-se a eles como uma primeria geração de filhos de deuses, nascidos da união da Terra (Gaia) com o Céu (Urano):

    Prometeu, o Titã, acorrentado, sofre o castigo de Zeus por ter roubado o fogo dos deuses para entregá-lo aos homens. A águia come o fígado do Titã que se recompõe eternamente para ser novamente devorado. Prometeu foi salvo por Hércules. ILUSTRAÇÃO: Rubens.

    Fecundada por ele [Urano], Gaia dá à luz os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (gigantes de cem braços e cinquenta cabeças)... A lenda cosmogônica de Hesíodo mostra Cronos [um Titã], o Tempo, indomável filho de Gaia e Urano, revoltado contra o pai por este fecundar incessantemente a mãe... Para que Gaia não continue gerando infinitamente, Cronos corta aos testículos do pai... Ao cair sobre a Terra, o sangue de Urano ainda uma vez a fecunda, gerando as Erínias.. os Gigantes e as Melíades, ninfas das árvores. (Mitologia, vol. III)

    Entre os povos nórdicos, também chamados vikings, os gigantes são personagens de inúmeras lendas, a começar pela Antropogênese, tal como na Grécia. Ali, nas regiões geladas do norte europeu, o Gigante de neve Ymir deu origem a todos os outros gigantes do mundo. Somente depois dos gigantes é surge a raça de humanos tal como a conhecemos hoje, criada por deuses. Na mitologia viking, gigantes, homens comuns e deuses conviveram e muitas estórias falam de episódios envolvendo as três raças, como a união entre o deus Freyr e a gigante Gerd.

    Também são famosos gigantes como Kvasir, de cujo sangue foi feito o hidromel, uma espécie de vinho que confere a quem o bebe a inspiração para criar poesias magníficas. O hidromel era guardado por outro gigante, Suttung. Odin (um deus), seduzindo a filha de Suttung, Gunnlod, também gigante, roubou a bebida mágica que, desde então, tornou-se exclusiva para o consumo dos deuses.

    Vários trechos de A Doutrina Secreta (obra teosófica), no volume denominado Antropogênese, de H.P. Blavatsky, transcendem a esfera da lenda fazendo referências históricas à existência dessas criaturas fantásticas:

    Porque, em verdade existiram Gigantes (...) na ordem da criação, encontramos testemunhos que atestam a existência, na flora, das mesmas dimensões proporcionais, variando pari passu com as da fauna. (...) A série evolutiva do mundo animal prova que o mesmo se passou nas raças humanas. (p. 294)

    Tertuliano (...) certificou que havia, no seu tempo, um certo número de de gigantes em Cartago (...) jornais de 1858 (...) mencionam o achado de um "sarcófago de gigante" no sítio ocupado por aquela cidade. (...) Filóstrato (...) fala de um esqueleto gigante de 22 côvados, visto por ele próprio no promontório de Sigeu. (p. 196)

    Era crença de toda a antiguidade, pagã e cristã, que a humanidade primitiva foi uma raça de Gigantes. Algumas escavações feitas na América (em terraços e cavernas) puseram a descoberto, em casos isolados, grupos de esqueletos com nove e doze pés de altura. Tais esqueletos pertencem a tribos dos primeiros tempos da Quinta Raça [a atual] e cuja estrutura degenerou para a média atual de cinco a seis pés. Podemos admitir sem dificuldade que os Titãs e os Ciclopes das idades primitivas eram realmente da Quarta Raça (a Atlante) ... Ciclopes reais (...) eram mortais dotados de "três olhos". (p. 311)

    CICLOPES (...) as ruínas ciclópicas (assim chamadas até hoje) são uma prova da existência dos Ciclopes, aquela raça de gigantes (...) a Quarta Raça Primitiva (...) podia possuir três olhos, sem que o terceiro olho fosse necessariamente no meio da testa ... (p. 312)


    Os "buddhas" do Vale Bamiyan, Afeganistão, hoje destruídos pela ação da milícia taleban. As estátuas maiores têm proporções colossais: 55 metros e 38 metros de altura, respectivamente.

    A Antropogênese teosófica defende a existência dos gigantes, em um passado remoto, com argumentos colhidos nas mais diferentes culturas do mundo. A Bíblia é um referencial dos menos importantes diante de outros exemplos que são mencionados. Nos textos indianos e tibetanos essa raça de gigantes, em estágio evolutivo em que os sexos já haviam se separado em machos e fêmeas, é denominada Dânavas.

    Esses gigantes, cujo corpo e metabolismo ainda não eram inteiramente densificados na matéria física atual, engendraram descendência com animais gerando monstros hoje conhecidos, também através de relatos lendários, como criaturas cuja aparência misturava características antropomórficas e zoomórficas: sátiros, faunos, centauros, são os exemplos mais conhecidos.

    Entre os testemunhos arqueológico-arquitetônicos da realidade de uma raça de gigantes, os teósofos mencionam monumentos colossais bastante conhecidos: pirâmides, que no passado foram consideradas como peculiaridade da civilização egípcia, hoje espantam o mundo com suas similares; primeiro as descobertas na América pré-colombiana e mais recentemente, pirâmides na Bósnia, na Ucrânia e na China. Os círculos de pedras como Stonehenge (Inglaterra), que possuem seus "aparentados" em vários lugares do mundo sendo que última ruína deste tipo foi descoberta em território brasileiro, no estado do Amazonas.

    As estátuas inexplicáveis e gigantescas da Ilha da Páscoa (ilustração acima); os "budas" do Afeganistão, destruídos pelo fanatismo religioso dos Talebans, muçulmanos que dominaram aquele país até pouco tempo, quando foram destituídos pela intervenção bélica norte-americana. Estes cinco "budas" seriam, na verdade, representantes das cinco raças humanas; quatro já extintas sendo a quinta, a raça atual.

    Eram estátuas de tamanhos diferentes; a maior era colossal, ou seja, uma referência às dimensões gigantescas dos homens entre a primeira e a quarta raça. A raça contemporânea, de hoje, a quinta raça, de menor estatura, foi precedida pelos gigantes Atlantes (quarta Raça) e Lemurianos (Terceira Raça). A primeira e a segunda Raças, formadas por indivíduos de proporções também colossais não eram, porém, dotadas de corpos densos sendo por isso denominadas de "os sem ossos". O evolucionismo teosófico, que em tudo se contrapõe ao darwinismo e à antropologia acadêmica ortodoxa, sustenta-se também recorrendo a elementos da geologia e da bioquímica:

    Até mesmo a simples forma física e a evolução das espécies mostram como procede a Natureza. O gigantesco Sáurio coberto de escamas, o Pterodáctilo, o Megalossauro e o Iguanodonte... todos esses monstros "antediluvianos"... apareceram sob a forma de infusórios filamentosos, sem carapaça nem concha, sem nervos, músculos e orgãos, nem sexo, reproduzindo suas espécies por gemação, como o fazem também os animais microscópicos... Por que então não podia suceder o mesmo ao homem? Por que não haveria ele, em seu desenvolvimento, isto é, em gradual condensação, de conformar-se à mesma lei? Todas as pessoas isentas de preconceitos hão de preferir acreditar que a Humanidade Primitiva tinha uma forma etérea - ou... uma forma imensa, filamentosa, de aspecto gelatinoso que sob a ação de Deuses ou "Forças" naturais evolucionou e se condensou durante milhões de séculos e que, em seu impulso e tendência físicos chegou a assumir gigantescas proporções até ganhar estabilidade com enorme forma física do homem da Quarta Raça [Atlantes]... (p 167/168)

    Se podemos conceber uma bola de "névoa ígnea" que se converte pouco a pouco - à medida que gira nos espaços interestelares durante evos e evos - em um planeta, em um globo com luz própria para finalmente ser um Mundo ou uma Terra povoada de homens, havendo assim passado de corpo plástico e mole para um Globo rochoso; se vemos tudo evolucionar neste Globo desde o ponto gelatinoso... Protoplasma, Monera, que logo passa do seu estado de protista à forma animal para depois crescer e tornar-se um gigantesco e monstruoso réptil... e mais tarde diminuir gradativamente até o tamanho do crocodilo... como só o homem, então, poderia subtrarir-se à lei geral? ... A crença nos Titãs tem por fundamento um fato antropológico e fisológico.(p 170)

    Há muito o homem contemporâneo acostumou-se a pensar em gigantes, centauros, sereias e outros seres fantásticos como personagens mitológicos, figuras simbólicas, alegorias cuja existência objetiva seria completamente impossível. Os relatos dos povos antigos são considerados como uma incrível proeza de imaginação que, entretanto, de alguma forma, deve ter-se perdido posto que a humanidade atual não é capaz de conceber nem sequer uma pequena fração dessas fábulas por conta própria.

    É o caso de se perguntar como e por quê, na Antiguidade, a psique de sociedades inteiras perdia-se em tão exóticas criações. Talvez, se hipóteses de estudiosos como Eric von Daniken ou as teorias teosóficas fossem examinadas com mais seriedade pela ciência pós-moderna descobertas surpreendentes pudessem acontecer. Os antigos não seriam, então, tão alucinados e suas histórias e mitos poderiam ser explicados como relatos verdadeiros baseados em fatos e criaturas extintas mas que um dia, foram reais. Meditemos...



    BIbliografia

    Bíblia Sagrada. São Paulo: Ed. Claretiana, 2005.
    BLAVATSKY, H.P.. A Doutrina Secreta vol III - Antropogênese. [Trad. Raymundo Mendes Sobral] São Paulo: Pensamento, 2001.
    Giants - A Result of Genetic Warfare - IN TOHTH WEB
    Mitologia Greco-Romana - vol I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
    Os Viquingues vol I. (coleção Grandes Impérios e Civilizações). Madrid: Ed. del Prado, 1997.

    asala/pesquisa/gigantes00.htm
    posted by iSygrun Woelundr @ 1:15 da tarde   0 comments
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