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PSICHES

psicologia e religiões comparadas

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    quarta-feira, dezembro 20, 2006
    Hermeticismo
    Fusão da religião grega com a antiga religião do Egito, as crenças do
    hermeticismo estavam contidas em um corpo de textos conhecido como Corpus
    Hermeticum. Essa obra, de autor desconhecido, recebeu esse nome devido ao
    personagem principal, Hermes Trimegisto (Hermes, o Três Vezes Grande).
    Alguns ocultistas alegavam que o autor era o próprio Trimegisto, um sábio
    egípcio que viveu no tempo dos faraós e foi contemporâneo de Moisés. Outros
    o associaram ao deus grego Hermes, cujo equivalente egípcio, Toth, era o
    escriba dos deuses e senhor dos livros sagrados.
    O Corpus Hermeticum é apresentado na forma de diálogos entre Trimegisto,
    Toth e diversas outras deidades egípcias, inclusive Ísis. Os estudiosos
    salientam que pouca coisa do texto é de fato original; na verdade, grande
    parte da visão do mundo dos herméticos é baseada na filosofia de Platão. Os
    herméticos viam o mundo em termos de luz e trevas, bem e mal, espírito e
    matéria. Do mesmo modo que seus contemporâneos, os gnósticos, os praticantes
    pregavam um dualismo mente-corpo, e a salvação através da possessão do
    conhecimento verdadeiro e divino.
    Da quantidade colossal de obras escritas atribuídas a Hermes Trimegisto
    não foram muitas as que sobreviveram, para além de quatorze breves textos
    escritos em grego e uma série de fragmentos preservados por autores
    cristãos. Tais obras exprimem noções místicas e filosóficas próprias desta
    época primitiva. A mais conhecida dentre elas intitula-se Poimandres, o Bom
    Pastor, da qual alguns passos apresentam uma semelhança notável com o
    Evangelho de São João, enquanto que outros fazem lembrar o Timeu de Platão.
    Também poderemos vislumbrar nelas reflexos do pensamento judaico, tal como é
    expresso por Fílon. Além destes escritos, atribuem-se a Trimegisto alguns
    tratados de magia, cujo tema fulcral é a astrologia e onde a alquimia é
    tratada de um modo um tanto ou quanto vago.
    Os livros herméticos foram considerados pelos alquimistas como um legado
    que Hermes lhes fez dos segredos que estavam dissimulados em alegorias, a
    fim de que a preciosa sabedoria não fosse cair em mãos profanas. Somente os
    sábios eram capazes de se orientar neste labirinto místico. O passo de
    Hermes mais freqüentemente citado, o credo dos adeptos, era a inscrição
    descoberta numa placa de esmeralda ”nas mãos da múmia de Hermes, num fosso
    recôndito, onde jazia o seu corpo enterrado”,situado segundo a tradição, na
    grande pirâmide de Gizé. O documento tem o nome de “Placa de Esmeralda” e
    está por demais intimamente relacionado com a alquimia para não o
    reproduzirmos na íntegra:
    “ É verdade, sem falsidade e extremamente real: aquilo que está no alto é
    igual àquilo que está em baixo, para perpetrar os milagres de uma coisa. E,
    como todas as coisas derivaram de uma, pelo pensamento de uma, assim todas
    as coisas nascem desta coisa, por adoção. O sol é o seu pai, a lua é a sua
    mãe. O vento trouxe-a no seu ventre, a terra é a sua arma. Eis o pai de toda
    a perfeição do mundo. A sua força e poder são absolutos quando transformados
    em terra: tu separarás a terra do fogo, o sutil do grosseiro, suavemente e
    com cuidado. Ela ascende da terra até ao céu e desce de novo à terra para
    receber o poder das coisas superiores e inferiores. Por este meio, tu terás
    a glória do mundo. E, devido a isto, toda a obscuridade fugirá de ti. No
    interior disto está o poder, o mais poderoso de todos os poderes. Pois ela
    superará todas as coisas sutis e penetrará todas as coisas sólidas. Assim
    foi criado o mundo. A partir disto existirão e surgirão adaptações
    admiráveis cujos
    meios para atingi-las estão aqui. E, por esta razão, chamo-me Hermes
    Trimegisto, possuindo as três partes da filosofia do mundo. O que eu disse
    sobre as operações do sol já se realizou”.
    Os alquimistas reconheciam nestas alegorias as várias fases do processo de
    fabricação do ouro, ainda que a ambiguidade dos termos se prestasse a
    infinitas interpretações

    A Chave
    Hermes. O ensinamento que eu apresentei ontem, Asclepius, eu o dediquei a
    você; e é correto que eu dedique a Tat o que eu vou apresentar hoje; pois
    este é um resumo dos Discursos Gerais que eu tenho dirigido a ele.
    Saiba então, Tat, que Deus, o Pai, é da mesma natureza que o Bem; ou
    melhor, o trabalho de Deus, o Pai, é um com o trabalho do Bem. 'Natureza' é
    um termo aplicado para nascimento e crescimento, e nascimento e crescimento
    têm a ver com coisas sujeitas à mudança e movimento; mas o trabalho de Deus
    tem a ver com coisas livres de mudança e movimento, isto é, com coisas
    divinas; e é vontade de Deus que o que é humano deva ser divino. Sobre as
    forças relativas ao trabalho, divino e humano, eu falei em outro lugar; e
    para lidar com nosso tópico presente, como também com outros assuntos, você
    deve manter em mente o que eu lhe ensinei relativo a eles.
    A força com que Deus trabalha é sua vontade; e seu ser consiste em desejar
    a existência de todas as coisas. O que mais é Deus, o Pai, a não ser o ser
    de todas as coisas quando ainda elas não são? É isto (a vontade de Deus) que
    constitui a existência de todas as coisas que são. Tal então é Deus, tal é o
    Pai. E a ele pertence o Bem; pois o Bem é uma coisa que pode pertencer a
    ninguém mais a não ser Deus. É verdade que o Kosmos é também pai das coisas
    que são boas da mesma forma que elas participam do Bem; mas o Kosmos não é,
    na mesma medida que Deus, o autor do que é bom nas criaturas vivas; pois o
    Kosmos não é o autor de suas vidas; ou se ele age como um autor da vida, ele
    o faz tão somente debaixo da compulsão imposta nele pela vontade de Deus,
    sem a qual nada pode ser ou vir a ser. O Kosmos está para as coisas dentro
    dele como um pai para suas crianças, e nisto ele é o autor de sua geração e
    nutrição; mas ele recebeu de Deus sua provisão do bem. É o Bem que é o
    princípio
    criativo; e é impossível que o princípio criativo possa ser algo exceto
    Deus, - Deus, que não recebe nada, mas deseja a existência de todas as
    coisas. Eu não direi, 'faz todas as coisas'; pois aquele que 'faz' coisas
    falha na realização desta função durante longos intervalos de tempo, onde
    ele às vezes faz, e em outros momentos ele não faz. E além disso, aquele que
    'faz' coisas faz apenas qualidades e magnitudes; pois ele faz coisas que têm
    certas magnitudes e qualidades uma vez, e qualidades e magnitudes contrárias
    em outros momentos. Mas Deus faz através de sua vontade a existência de
    todas as coisas; e é neste sentido que ele é o Pai de todas as coisas. Pois
    Deus deseja que as coisas sejam, e deste modo, estas coisas têm também
    existência. Mas o Bem propriamente dito, meu filho, existe no grau mais
    alto; pois é por causa do Bem que todas as outras coisas existem.
    ... Pois é uma propriedade do Bem que ele se torne conhecido por aquele
    que seja capaz de vê-lo. -Tat. Pai, você me preencheu com esta visão boa e
    bela; e o olho da minha mente está quase cego pelo esplendor desta visão.
    -Hermes. Não, a visão do Bem não é uma coisa de fogo, como são os raios do
    sol; não nos queima nem nos força a fechar os olhos; ele brilha adiante
    muito ou pouco, de acordo com a capacidade daquele que o olha em receber o
    influxo do esplendor incorpóreo. É mais penetrante que a luz visível em sua
    descida para nós; mas ele não pode nos causar dano; ele está repleto de toda
    vida imortal. Até os que podem absorver um pouco mais que outros daquela
    visão, são novamente e novamente afundados no sono cego pelo corpo; mas
    quando eles são liberados do corpo, eles atingem o prazer completo daquela
    visão mais adorável, como Uranos e Kronos, nossos antepassados, atingiram.
    -Tat. Poderemos nós também, meu pai, atingir esta visão? -Hermes. Nós
    poderíamos, meu filho.
    Mas nesta vida estamos ainda muito fracos para ver aquela visão; nós não
    temos força para abrir nossos olhos mentais, e ver a beleza do Bem, aquela
    beleza incorruptível sobre a qual nenhuma língua pode falar. Assim, você só
    verá isto, quando você não puder falar disto; pois o conhecimento disto é um
    silêncio profundo, e a supressão de todos os sentidos. Aquele que apreendeu
    a beleza do Bem não pode apreender nada mais; aquele que a viu, não pode ver
    nada mais; ele não pode ouvir falar sobre nada mais; ele nem mesmo pode
    mover seu corpo; ele esquece todas as sensações corporais e todos os
    movimentos corporais, e está imóvel. Mas a beleza do Bem banha sua mente em
    luz, e toma toda sua alma para si, e desenha isto adiante do corpo, e muda o
    homem inteiro em uma substância eterna. Pois não pode ser, meu filho, que
    uma alma se torne um deus enquanto ela morar em um corpo humano; isto deve
    ser mudado, e então contemple a beleza do Bem, e com isto, se torne um deus.
    -Tat. O que você quer dizer, pai, dizendo que a alma 'deve ser mudada'?
    -Hermes. Toda alma separada, meu filho, passa por muitas mudanças. -Tat. E o
    que é uma alma separada? -Hermes. Você não me ouviu dizer em meus Discursos
    Gerais, que todas estas almas que trocam de lugar ao longo do Kosmos são,
    por assim dizer, cortadas e fracionadas a partir de uma alma, mesmo a alma
    do universo? Estas almas sofrem muitas mudanças, porque algumas delas passam
    para um lugar mais feliz, e outros para um lugar pior. Almas de natureza de
    coisas rastejantes mudam em coisas que moram nas águas; as almas que moram
    nas águas, em bestas que moram na terra; as almas que moram na terra em
    pássaros do ar; as almas que voam no ar, em homens. E as almas humanas,
    quando elas atingiram o início da vida imortal, mudam em daemons, e depois
    disso passam para a dança coral dos deuses; [Existem dois grupos corais de
    deuses; um é o dos planetas, e o outro é o das estrelas fixas] isto é o
    coroamento de
    glória da alma. Mas se uma alma, quando entrou em um corpo humano, persiste
    no mal, ela não saboreia o doce da vida imortal, mas é arrastada de volta
    novamente; ela reverte seu curso, e aceita tomar seu caminho de volta para
    as coisas que rastejam; e aquela alma desafortunada, tendo falhado em
    conhecer a si mesma, vive em servidão a corpos rudes e nocivos. Para esta
    perdição, as almas malignas são condenadas.
    E o vício da alma é a falta de conhecimento. Uma alma que não ganhou
    nenhum conhecimento das coisas que são, e nem chegou a conhecer suas
    naturezas, nem a conhecer o Bem, mas é cega, - tal alma é lançada no meio
    das paixões que o corpo cria; conduz o corpo como um fardo, e é governada
    por ele, ao invés de governa-lo. Isto é o vício da alma. Por outro lado, a
    virtude da alma é o conhecimento. Aquele que obteve conhecimento é bom e
    piedoso; ele já é divino. -Tat. E quem é tal pessoa, meu pai? -Hermes.
    Aquele que não fala muitas palavras, nem escuta muitas conversas. Aquele que
    gasta seu tempo em disputas e em escutar as palavras dos homens, está
    lutando contra o ar, meu filho; pois o conhecimento de Deus, o Pai, não pode
    ser ensinado pela fala, nem aprendido pela audição. ... O conhecimento
    difere muito da percepção dos sentidos. A percepção dos sentidos acontece
    quando aquilo que é material tem o domínio; e ele usa o corpo como seu
    órgão, pois ele não pode existir
    separadamente do corpo. Mas o conhecimento é incorpóreo; o órgão que ele
    usa é a mente em si; e a mente é contrária ao corpo. Uma alma então, quando
    ela entrou em um corpo, admite em si mesma ambas as coisas, materiais e da
    mente. Não pode ser de outra forma; pois todas as coisas devem precisar ser
    compostas de opostos e contrários. E vendo que isto é assim em todas as
    coisas que existem,... (fragmento perdido)
    - Tat. O que então devemos pensar sobre este Deus material, o Kosmos?
    -Hermes. O Kosmos não é realmente mau, mas não é bom, como Deus é; pois ele
    é material, e sujeito a perturbação. É o primeiro entre todas as coisas que
    são sujeitas a perturbação, mas o segundo no meio das coisas que são. O
    Kosmos é também sempre-existente; mas ele existe em processo de tornar-se;
    está sempre se tornando, nisto as qualidades e magnitudes das coisas estão
    sempre vindo a ser. Ele está então em movimento; pois todo o tornar-se é
    movimento materia1. Aquilo que é incorpóreo e imóvel trabalha o movimento
    material; e ele faz isto do seguinte modo. O Kosmos é uma esfera, quer
    dizer, uma cabeça; e então, todas as coisas que são unidas à membrana
    cerebral desta cabeça, - a membrana em que a alma está principalmente
    colocada, - são imortais, pois elas têm nelas mais alma que corpo; mas as
    coisas que estão distantes da membrana cerebral são mortais, pois elas têm
    nelas mais corpo que alma. Deste
    modo o universo é composto de uma parte que é material e uma parte que é
    incorpórea; e considerando como o corpo é feito com uma alma nele, o
    universo é uma criatura viva.
    O Kosmos é o primeiro entre todas as criaturas vivas; o homem, como uma
    criatura viva, figura logo depois do Kosmos, e é o primeiro entre aqueles
    que são mortais. O homem não é somente não-bem; ele é o mal, uma vez que ele
    é mortal. O Kosmos é não-bem, pois é sujeito a movimento; mas ele é não-mal,
    pois é imortal. O homem, por outro lado, é ambos: não-bem, por ser sujeito a
    movimento, e mal, por ser mortal. E a alma do homem é veiculada deste modo.
    A mente tem como seu veículo a alma; a alma tem por seu veículo o espírito
    vital; e o espírito vital, atravessando as artérias junto com o sangue, move
    o corpo, e o carrega como um fardo. Consequentemente, alguns pensaram que a
    alma é o sangue. Mas aqueles que pensam assim estão enganados sobre sua
    natureza; eles não sabem que na morte a alma deve deixar o corpo primeiro, e
    então, quando o espírito vital retirou-se para a atmosfera, o sangue deve
    coagular ao longo do curso das veias, e deixar as artérias esvaziadas. Isto
    causa
    a morte do corpo.
    Todas as coisas são dependentes de uma primeira causa; e esta primeira
    causa é dependente do Uno e Único. A primeira causa é movida, de forma que
    Ele possa vir a ser a primeira causa de todas as coisas; apenas o Uno
    permanece, e não é movido.

    Existem estes três então, - Deus, Kosmos e o Homem. O Kosmos é contido por
    Deus, e o homem é contido pelo Kosmos. O Kosmos é filho de Deus; o homem é
    filho do Kosmos, e neto, por assim dizer, de Deus. Deus então não ignora o
    homem, mas o reconhece completamente, e deseja ser reconhecido por ele. E
    isto, o conhecimento de Deus, é a salvação do homem; isto é a subida para o
    Olimpo; e através disto apenas pode uma alma se tornar boa.
    ... e ele nunca permanece bem, mas se torna mal por necessidade. -Tat. O
    que você quer dizer, pai? -Hermes. Olhe para a alma de uma criança, meu
    filho, uma alma que ainda não aceitou sua separação de sua fonte; pois seu
    corpo é ainda pequeno, e ainda não cresceu o bastante para atingir seu
    tamanho pleno. Como é bela tal alma! Não é ainda enganada pelas paixões
    corporais; está ainda pouco separada da alma do Kosmos. Mas quando o corpo
    aumenta seu tamanho, e puxa para baixo a alma, para dentro de sua massa
    material, isto acarreta o esquecimento; e então a alma separa a si mesma do
    Belo e do Bem, e não mais participa disto; e através deste esquecimento a
    alma se torna o mal.
    Mas quando os homens deixam o corpo, o processo é invertido. A alma
    ascende para seu lugar próprio, e é separada do espírito vital; e a mente é
    separada da alma. Assim a mente, que é divina por natureza, é liberada de
    seus revestimentos; e assume para si mesma um corpo de fogo, e move-se
    livremente através de todo espaço, conduzindo a alma a ser julgada e
    castigada de acordo com seu merecimento. -Tat. O que você quer dizer, pai,
    dizendo que a mente é separada da alma? -Hermes. Meu filho, o estudante
    devia compartilhar o pensamento de seu professor; ele deve ser mais rápido
    em sua escuta que o professor em sua fala. É apenas em um corpo terrestre
    que a mente e a alma são unidas. A mente não pode, desnuda e só, tomar sua
    morada em um corpo terrestre; um corpo de terra não pode suportar a presença
    daquele ser poderoso e imortal, nem pode um poder tão grande suportar entrar
    em contato com um corpo manchado pela paixão. E então a mente toma para si a
    alma como um manto; a
    alma, - pois a alma é também em alguma medida divina, - usa como seu manto
    o espírito vital; e o espírito vital controla o corpo. Pois o espírito vital
    está envolto no sangue, e a alma no espírito vital. A mente então, quando
    ela partir do corpo terrestre, veste a si mesma em seguida em sua
    investidura própria, isto é, uma roupagem de fogo, que ela não pode reter
    quando toma sua morada no corpo terrestre. Pois a Terra não pode sustentar o
    fogo; até uma pequena faísca é o bastante para deixar isso tudo em chamas; e
    é por esta razão que a Terra é cercada pela água, que serve como uma
    barreira e defesa para protege-la do calor flamejante do fogo. Mas a mente,
    que é a mais intensa de todas as coisas incorpóreas, tem em seu corpo de
    fogo, o mais intenso de todos os elementos materiais. A mente é a criadora
    de coisas, e em fazer as coisas ela usa o fogo como seu instrumento. A mente
    do universo é a criadora de todas as coisas; mas a mente humana cria apenas
    coisas terrestres;
    pois a mente que está no homem está desnudada de sua veste de fogo, e então
    não pode fazer coisas divinas, sendo somente humana, por causa de seu lugar
    de morada. Agora a alma humana, - não realmente toda alma humana, mas a alma
    piedosa, - é demoníaca (no sentido de daemon - um ser sobrenatural, não
    necessariamente mau - nota do tradutor) e divina. E tal alma, quando ela
    alcançou a devoção, - e isto significa, quando ela conhece Deus, e não foi
    injusta com homem nenhum, - torna-se mente em todas as partes; e é ordenado
    que depois que ela deixar o corpo, quando ela se tornar um daemon, ela deve
    receber um corpo de fogo, de forma que ela possa trabalhar a serviço de
    Deus. Mas a alma incrédula retém sua próprio substância inalterada; sofre um
    castigo auto-infligido, e busca um corpo terrestre onde possa entrar.
    Mas ela pode entrar em um corpo humano somente; pois nenhum outro tipo de
    corpo pode conter uma alma humana. (Nota do original em inglês: este trecho
    coloca-se em oposição com o que foi escrito acima e deve ter sido escrito
    por outro autor e atribuído também a Hermes) Não é permitido que uma alma
    humana deva cair tão baixo para entrar no corpo de um animal irracional; é
    uma lei de Deus que almas humanas devam ser mantidas protegidas de uma
    afronta como esta. -Tat. Diga-me então, Pai, como são as almas humanas
    castigadas! -Hermes. Por que, que castigo maior pode existir, meu filho, que
    a impiedade? Que fogo queima com uma chama tão feroz quanto a impiedade? Que
    besta voraz tem tal poder para mutilar o corpo, como a impiedade tem para
    mutilar a alma! Você não vê que torturas a alma incrédula suporta? Ela grita
    'eu estou em chamas, eu estou queimando; eu não sei o que dizer ou o que
    fazer; miserável eu sou, eu sou devorado pelas misérias que se mantêm em
    mim.' Não são tais
    gritos os clamores de uma alma que está sofrendo castigo! Ou você também,
    meu filho, supõe, como a maioria dos homens faz, que uma alma, quando ela
    deixa o corpo, entra em uma besta! Isto é um erro muito grande. As almas são
    castigadas deste modo: a mente, quando ela entra em uma alma incrédula,
    atormenta-a com os açoites de seus pecados, e por estes açoites é castigada:
    é impelida para a blasfêmia contra Deus, assassinatos, atrocidades e ações
    múltiplas de violência pelas quais os homens são injustiçados. Mas quando a
    mente entra em uma alma piedosa, conduz aquela alma para a luz do
    conhecimento: e tal alma nunca se cansa de rezar e abençoar a Deus, e fazer
    todo tipo de bem para todos os homens, através de palavras e ações, em
    imitação a seu Pai. Então, meu filho, quando você estiver dando graças a
    Deus, você deve rezar para que a mente atribuída a você seja uma boa mente.
    Uma alma então pode subir para um grau mais alto de ser, mas não pode
    submergir para um grau mais baixo.
    Existe comunhão entre alma e alma. As almas dos deuses estão em comunhão
    com as dos homens, e as almas dos homens com aquelas das criaturas
    irracionais. A mais alta tem a mais baixa em seu fardo; deuses cuidam dos
    homens, e homens cuidam das criaturas irracionais. E Deus cuida de tudo;
    pois Ele é o mais elevado. O Kosmos então está sujeito a Deus; o homem está
    sujeito ao Kosmos; as criaturas sem razão estão sujeitas ao homem; e Deus
    está acima de tudo e vigia tudo. As forças divinas são por assim dizer
    radiações emitidas por Deus; as forças que trabalham o nascimento e
    crescimento são radiações emitidas pelo Kosmos; a arte e ofícios são
    radiações emitidas pelo homem. As forças divinas operam por meio do Kosmos e
    sua operação alcança o homem por meio das radiações cósmicas às quais o
    nascimento e crescimento são devidos; e as forças que trabalham o nascimento
    e crescimento operam por meio dos elementos materiais. Deste modo o universo
    é administrado. Todas as coisas são
    dependentes apenas do ser de Deus e são administradas por meio de mente,
    apenas. Não existe nada mais divino que a mente, nada mais potente em sua
    operação, nada mais hábil para unir homens aos deuses, e deuses aos homens.
    A mente é o 'bom daemon'; santificada seja a alma que está preenchida com a
    mente, e desafortunada é a alma que está destituída dela. -Tat. Novamente eu
    pergunto a você, pai, o que você quer dizer com isto? -Hermes. Você pensa
    então, meu filho, que toda alma tem uma mente? [Isto é, a boa mente; pois é
    da boa mente que eu estou falando agora, e não da mente que eu falei antes,
    isto é, a mente que é empregada em serviço, e é enviada abaixo por justiça
    penal.] Geralmente a mente deixa a alma; e nestas ocasiões, a alma não pode
    nem ver nem ouvir, mas é como um besta destituída de razão. Pois um alma sem
    mente 'não pode nem dizer nada nem fazer nada'; tão grande é o poder da
    mente. Nem pode a mente suportar uma alma entorpecida; abandona a alma que
    está
    fixada ao corpo, e segura no abraço do corpo. Tal alma, meu filho, não tem
    nenhuma mente nela; e então tal ser não deve ser julgado um homem.
    Pois o homem é um ser de natureza divina; ele é comparável, não com as
    outras criaturas vivas na Terra, mas com os deuses no céu. Não, se nós
    formos falar a verdade sem medo, aquele que é realmente um homem está acima
    dos deuses do céu, ou de qualquer modo ele os iguala em poder. Nenhum dos
    deuses do céu irá jamais deixar o céu, e ultrapassar seu limite, e vir até a
    Terra; mas o homem ascende até o céu, e o mede; e o que é mais importante,
    ele vai para o céu sem deixar a Terra; pois para uma distância tão vasta ele
    pode estender seu poder. Nós não devemos temer, então, dizer que um homem na
    Terra é um deus mortal, e que um deus no céu é um homem imortal.
    Todas as coisas então, são administradas através destes dois, o Kosmos e o
    Homem; mas todas as coisas são governadas apenas por Deus.
    Livro: Hermética (atribuído à Hermes Trimegistus), Shambala 1993
    Tradutores: Walter Scott (inglês) / NoKhooja (português




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    De: Andre Vieira dos Reis
    Para: Seitas_Secretas@yahoogrupos.com.br
    Data: Fri, 17 Nov 2006 23:04:39 -0300 (ART)
    Assunto: ENC: [mitos_e_deuses] Hermeticismo

















    Fusão da religião grega com a antiga religião do Egito, as
    crenças do hermeticismo estavam contidas em um corpo de textos
    conhecido como Corpus Hermeticum . Essa obra, de autor desconhecido,
    recebeu esse nome devido ao personagem principal, Hermes Trimegisto (Hermes,
    o Três Vezes Grande). Alguns ocultistas alegavam que o autor era o próprio
    Trimegisto, um sábio egípcio que viveu no tempo dos faraós e foi
    contemporâneo de Moisés. Outros o associaram ao deus grego Hermes, cujo
    equivalente egípcio, Toth, era o escriba dos deuses e senhor dos livros
    sagrados. O Corpus Hermeticum é apresentado na forma de diálogos
    entre Trimegisto, Toth e diversas outras deidades
    egípcias, inclusive Ísis. Os estudiosos salientam que pouca coisa do texto
    é de fato original; na verdade, grande parte da visão do mundo dos
    herméticos é baseada na filosofia de Platão. Os herméticos viam o mundo em
    termos de luz e trevas, bem e mal, espírito e matéria. Do mesmo modo que
    seus contemporâneos, os gnósticos, os praticantes pregavam um dualismo
    mente-corpo, e a salvação através da possessão do conhecimento verdadeiro e
    divino. Da quantidade colossal de obras escritas atribuídas a Hermes
    Trimegisto não foram muitas as que sobreviveram, para além de quatorze
    breves textos escritos em grego e uma série de fragmentos preservados por
    autores cristãos. Tais obras exprimem noções místicas e filosóficas próprias
    desta época primitiva. A mais conhecida dentre elas intitula-se Poimandres
    , o Bom Pastor, da qual alguns passos apresentam uma semelhança notável com
    o
    Evangelho de São João, enquanto que outros fazem lembrar o Timeu de Platão.
    Também poderemos vislumbrar nelas reflexos do pensamento judaico, tal como é
    expresso por Fílon. Além destes escritos, atribuem-se a Trimegisto alguns
    tratados de magia, cujo tema fulcral é a astrologia e onde a alquimia é
    tratada de um modo um tanto ou quanto vago. Os livros herméticos
    foram considerados pelos alquimistas como um legado que Hermes lhes fez dos
    segredos que estavam dissimulados em alegorias, a fim de que a preciosa
    sabedoria não fosse cair em mãos profanas. Somente os sábios eram capazes de
    se orientar neste labirinto místico. O passo de Hermes mais freqüentemente
    citado, o credo dos adeptos, era a inscrição descoberta numa placa de
    esmeralda ”nas mãos da múmia de Hermes, num fosso recôndito, onde jazia o
    seu corpo enterrado”,situado segundo a tradição, na grande pirâmide de Gizé.
    O documento tem o nome de “Placa de
    Esmeralda” e está por demais intimamente relacionado com a alquimia para
    não o reproduzirmos na íntegra: “ É verdade, sem falsidade e
    extremamente real: aquilo que está no alto é igual àquilo que está em baixo,
    para perpetrar os milagres de uma coisa. E, como todas as coisas derivaram
    de uma, pelo pensamento de uma, assim todas as coisas nascem desta coisa,
    por adoção. O sol é o seu pai, a lua é a sua mãe. O vento trouxe-a no seu
    ventre, a terra é a sua arma. Eis o pai de toda a perfeição do mundo. A sua
    força e poder são absolutos quando transformados em terra: tu separarás a
    terra do fogo, o sutil do grosseiro, suavemente e com cuidado. Ela ascende
    da terra até ao céu e desce de novo à terra para receber o poder das coisas
    superiores e inferiores. Por este meio, tu terás a glória do mundo. E,
    devido a isto, toda a obscuridade fugirá de ti. No interior disto está o
    poder, o mais poderoso de todos os poderes.
    Pois ela superará todas as coisas sutis e penetrará todas as coisas
    sólidas. Assim foi criado o mundo. A partir disto existirão e surgirão
    adaptações admiráveis cujos meios para atingi-las estão aqui. E, por esta
    razão, chamo-me Hermes Trimegisto, possuindo as três partes da filosofia do
    mundo. O que eu disse sobre as operações do sol já se realizou”. Os
    alquimistas reconheciam nestas alegorias as várias fases do processo de
    fabricação do ouro, ainda que a ambiguidade dos termos se prestasse a
    infinitas interpretações A Chave Hermes . O
    ensinamento que eu apresentei ontem, Asclepius, eu o dediquei a você; e é
    correto que eu dedique a Tat o que eu
    vou apresentar hoje; pois este é um resumo dos Discursos Gerais que eu
    tenho dirigido a ele. Saiba então, Tat, que Deus, o Pai, é da mesma
    natureza que o Bem; ou melhor, o trabalho de Deus, o Pai, é um com o
    trabalho do Bem. 'Natureza' é um termo aplicado para nascimento e
    crescimento, e nascimento e crescimento têm a ver com coisas sujeitas à
    mudança e movimento; mas o trabalho de Deus tem a ver com coisas livres de
    mudança e movimento, isto é, com coisas divinas; e é vontade de Deus que o
    que é humano deva ser divino. Sobre as forças relativas ao trabalho, divino
    e humano, eu falei em outro lugar; e para lidar com nosso tópico presente,
    como também com outros assuntos, você deve manter em mente o que eu lhe
    ensinei relativo a eles. A força com que Deus trabalha é sua
    vontade; e seu ser consiste em desejar a
    existência de todas as coisas. O que mais é Deus, o Pai, a não ser o ser de
    todas as coisas quando ainda elas não são? É isto (a vontade de Deus) que
    constitui a existência de todas as coisas que são. Tal então é Deus, tal é o
    Pai. E a ele pertence o Bem; pois o Bem é uma coisa que pode pertencer a
    ninguém mais a não ser Deus. É verdade que o Kosmos é também pai das coisas
    que são boas da mesma forma que elas participam do Bem; mas o Kosmos não é,
    na mesma medida que Deus, o autor do que é bom nas criaturas vivas; pois o
    Kosmos não é o autor de suas vidas; ou se ele age como um autor da vida, ele
    o faz tão somente debaixo da compulsão imposta nele pela vontade de Deus,
    sem a qual nada pode ser ou vir a ser. O Kosmos está para as coisas dentro
    dele como um pai para suas crianças, e nisto ele é o autor de sua geração e
    nutrição; mas ele recebeu de Deus sua provisão do bem. É o Bem que é o
    princípio criativo; e é impossível que o princípio criativo possa ser algo
    exceto Deus,
    - Deus, que não recebe nada, mas deseja a existência de todas as coisas. Eu
    não direi, 'faz todas as coisas'; pois aquele que 'faz' coisas falha na
    realização desta função durante longos intervalos de tempo, onde ele às
    vezes faz, e em outros momentos ele não faz. E além disso, aquele que 'faz'
    coisas faz apenas qualidades e magnitudes; pois ele faz coisas que têm
    certas magnitudes e qualidades uma vez, e qualidades e magnitudes contrárias
    em outros momentos. Mas Deus faz através de sua vontade a existência de
    todas as coisas; e é neste sentido que ele é o Pai de todas as coisas. Pois
    Deus deseja que as coisas sejam, e deste modo, estas coisas têm também
    existência. Mas o Bem propriamente dito, meu filho, existe no grau mais
    alto; pois é por causa do Bem que todas as outras coisas existem.
    ... Pois é uma propriedade do Bem que ele se torne conhecido por aquele que
    seja capaz de vê-lo.
    - Tat . Pai, você me preencheu com esta visão boa e bela; e o olho da minha
    mente está quase cego pelo esplendor desta visão. - Hermes . Não, a visão do
    Bem não é uma coisa de fogo, como são os raios do sol; não nos queima nem
    nos força a fechar os olhos; ele brilha adiante muito ou pouco, de acordo
    com a capacidade daquele que o olha em receber o influxo do esplendor
    incorpóreo. É mais penetrante que a luz visível em sua descida para nós; mas
    ele não pode nos causar dano; ele está repleto de toda vida imortal. Até os
    que podem absorver um pouco mais que outros daquela visão, são novamente e
    novamente afundados no sono cego pelo corpo; mas quando eles são liberados
    do corpo, eles atingem o prazer completo daquela visão mais adorável, como
    Uranos e Kronos, nossos antepassados, atingiram. - Tat . Poderemos nós
    também, meu pai, atingir esta visão? - Hermes . Nós poderíamos, meu filho.
    Mas nesta vida estamos ainda muito fracos para ver aquela visão; nós não
    temos força para abrir nossos olhos mentais, e ver a beleza do Bem, aquela
    beleza incorruptível sobre a qual nenhuma língua pode falar. Assim, você só
    verá isto, quando você não puder falar disto; pois o conhecimento disto é um
    silêncio profundo, e a supressão de todos os sentidos. Aquele que apreendeu
    a beleza do Bem não pode apreender nada mais; aquele que a viu, não pode ver
    nada mais; ele não pode ouvir falar sobre nada mais; ele nem mesmo pode
    mover seu corpo; ele esquece todas as sensações corporais e todos os
    movimentos corporais, e está imóvel. Mas a beleza do Bem banha sua mente em
    luz, e toma toda sua alma para si, e desenha isto adiante do corpo, e muda o
    homem inteiro em uma substância eterna. Pois não pode ser, meu filho, que
    uma alma se torne um deus enquanto ela morar em um corpo humano; isto deve
    ser mudado, e então contemple a beleza do Bem, e com isto, se torne um deus.
    - Tat . O que você quer dizer, pai, dizendo que a alma 'deve ser
    mudada'? - Hermes . Toda alma separada, meu filho, passa por muitas
    mudanças. - Tat . E o que é uma alma separada? - Hermes . Você não me ouviu
    dizer em meus Discursos Gerais, que todas estas almas que trocam de lugar ao
    longo do Kosmos são, por assim dizer, cortadas e fracionadas a partir de uma
    alma, mesmo a alma do universo? Estas almas sofrem muitas mudanças, porque
    algumas delas passam para um lugar mais feliz, e outros para um lugar pior.
    Almas de natureza de coisas rastejantes mudam em coisas que moram nas águas;
    as almas que moram nas águas, em bestas que moram na terra; as almas que
    moram na terra em pássaros do ar; as almas que voam no ar, em homens. E as
    almas humanas, quando elas atingiram o início da vida imortal, mudam em
    daemons, e depois disso passam para a dança coral dos deuses; [Existem dois
    grupos corais de deuses; um é o dos planetas, e o outro é o das
    estrelas fixas] isto é o coroamento de glória da alma. Mas se uma alma,
    quando entrou em um corpo humano, persiste no mal, ela não saboreia o doce
    da vida imortal, mas é arrastada de volta novamente; ela reverte seu curso,
    e aceita tomar seu caminho de volta para as coisas que rastejam; e aquela
    alma desafortunada, tendo falhado em conhecer a si mesma, vive em servidão a
    corpos rudes e nocivos. Para esta perdição, as almas malignas são
    condenadas. E o vício da alma é a falta de conhecimento. Uma alma
    que não ganhou nenhum conhecimento das coisas que são, e nem chegou a
    conhecer suas naturezas, nem a conhecer o Bem, mas é cega, - tal alma é
    lançada no meio das paixões que o corpo cria; conduz o corpo como um fardo,
    e é governada por ele, ao invés de governa-lo. Isto é o vício da alma. Por
    outro lado, a virtude da alma é o conhecimento. Aquele que obteve
    conhecimento é bom e piedoso; ele já é
    divino. - Tat . E quem é tal pessoa, meu pai? - Hermes . Aquele que não
    fala muitas palavras, nem escuta muitas conversas. Aquele que gasta seu
    tempo em disputas e em escutar as palavras dos homens, está lutando contra o
    ar, meu filho; pois o conhecimento de Deus, o Pai, não pode ser ensinado
    pela fala, nem aprendido pela audição. ... O conhecimento difere muito da
    percepção dos sentidos. A percepção dos sentidos acontece quando aquilo que
    é material tem o domínio; e ele usa o corpo como seu órgão, pois ele não
    pode existir separadamente do corpo. Mas o conhecimento é incorpóreo; o
    órgão que ele usa é a mente em si; e a mente é contrária ao corpo. Uma alma
    então, quando ela entrou em um corpo, admite em si mesma ambas as coisas,
    materiais e da mente. Não pode ser de outra forma; pois todas as coisas
    devem precisar ser compostas de opostos e contrários. E vendo que isto é
    assim em todas as coisas que existem,... ( fragmento perdido )
    - Tat . O que então devemos pensar sobre este Deus material, o Kosmos?
    - Hermes . O Kosmos não é realmente mau, mas não é bom, como Deus é; pois
    ele é material, e sujeito a perturbação. É o primeiro entre todas as coisas
    que são sujeitas a perturbação, mas o segundo no meio das coisas que são. O
    Kosmos é também sempre-existente; mas ele existe em processo de tornar-se;
    está sempre se tornando, nisto as qualidades e magnitudes das coisas estão
    sempre vindo a ser. Ele está então em movimento; pois todo o tornar-se é
    movimento materia1. Aquilo que é incorpóreo e imóvel trabalha o movimento
    material; e ele faz isto do seguinte modo. O Kosmos é uma esfera, quer
    dizer, uma cabeça; e então, todas as coisas que são unidas à membrana
    cerebral desta cabeça, - a membrana em que a alma está principalmente
    colocada, - são imortais, pois elas têm nelas mais alma que corpo; mas as
    coisas que estão distantes da membrana
    cerebral são mortais, pois elas têm nelas mais corpo que alma. Deste modo o
    universo é composto de uma parte que é material e uma parte que é
    incorpórea; e considerando como o corpo é feito com uma alma nele, o
    universo é uma criatura viva. O Kosmos é o primeiro entre todas as
    criaturas vivas; o homem, como uma criatura viva, figura logo depois do
    Kosmos, e é o primeiro entre aqueles que são mortais. O homem não é somente
    não-bem; ele é o mal, uma vez que ele é mortal. O Kosmos é não-bem, pois é
    sujeito a movimento; mas ele é não-mal, pois é imortal. O homem, por outro
    lado, é ambos: não-bem, por ser sujeito a movimento, e mal, por ser mortal.
    E a alma do homem é veiculada deste modo. A mente tem como seu veículo a
    alma; a alma tem por seu veículo o espírito vital; e o espírito vital,
    atravessando as artérias junto com o sangue, move o corpo, e o carrega como
    um fardo. Consequentemente, alguns
    pensaram que a alma é o sangue. Mas aqueles que pensam assim estão
    enganados sobre sua natureza; eles não sabem que na morte a alma deve deixar
    o corpo primeiro, e então, quando o espírito vital retirou-se para a
    atmosfera, o sangue deve coagular ao longo do curso das veias, e deixar as
    artérias esvaziadas. Isto causa a morte do corpo. Todas as coisas
    são dependentes de uma primeira causa; e esta primeira causa é dependente do
    Uno e Único. A primeira causa é movida, de forma que Ele possa vir a ser a
    primeira causa de todas as coisas; apenas o Uno permanece, e não é movido.
    Existem estes três então, - Deus, Kosmos e o Homem. O Kosmos é contido por
    Deus, e o homem é contido pelo Kosmos. O Kosmos é filho de Deus; o homem é
    filho do Kosmos, e neto, por assim dizer, de Deus. Deus então não ignora o
    homem, mas o reconhece completamente, e deseja ser reconhecido por ele. E
    isto, o
    conhecimento de Deus, é a salvação do homem; isto é a subida para o Olimpo;
    e através disto apenas pode uma alma se tornar boa. ... e ele nunca
    permanece bem, mas se torna mal por necessidade. - Tat . O que você quer
    dizer, pai? - Hermes . Olhe para a alma de uma criança, meu filho, uma alma
    que ainda não aceitou sua separação de sua fonte; pois seu corpo é ainda
    pequeno, e ainda não cresceu o bastante para atingir seu tamanho pleno. Como
    é bela tal alma! Não é ainda enganada pelas paixões corporais; está ainda
    pouco separada da alma do Kosmos. Mas quando o corpo aumenta seu tamanho, e
    puxa para baixo a alma, para dentro de sua massa material, isto acarreta o
    esquecimento; e então a alma separa a si mesma do Belo e do Bem, e não mais
    participa disto; e através deste esquecimento a alma se torna o mal.
    Mas
    quando os homens deixam o corpo, o processo é invertido. A alma ascende
    para seu lugar próprio, e é separada do espírito vital; e a mente é separada
    da alma. Assim a mente, que é divina por natureza, é liberada de seus
    revestimentos; e assume para si mesma um corpo de fogo, e move-se livremente
    através de todo espaço, conduzindo a alma a ser julgada e castigada de
    acordo com seu merecimento. - Tat . O que você quer dizer, pai, dizendo que
    a mente é separada da alma? - Hermes . Meu filho, o estudante devia
    compartilhar o pensamento de seu professor; ele deve ser mais rápido em sua
    escuta que o professor em sua fala. É apenas em um corpo terrestre que a
    mente e a alma são unidas. A mente não pode, desnuda e só, tomar sua morada
    em um corpo terrestre; um corpo de terra não pode suportar a presença
    daquele ser poderoso e imortal, nem pode um poder tão grande suportar entrar
    em contato com um corpo manchado pela paixão. E então a mente toma para si a
    alma como um
    manto; a alma, - pois a alma é também em alguma medida divina, - usa como
    seu manto o espírito vital; e o espírito vital controla o corpo. Pois o
    espírito vital está envolto no sangue, e a alma no espírito vital. A mente
    então, quando ela partir do corpo terrestre, veste a si mesma em seguida em
    sua investidura própria, isto é, uma roupagem de fogo, que ela não pode
    reter quando toma sua morada no corpo terrestre. Pois a Terra não pode
    sustentar o fogo; até uma pequena faísca é o bastante para deixar isso tudo
    em chamas; e é por esta razão que a Terra é cercada pela água, que serve
    como uma barreira e defesa para protege-la do calor flamejante do fogo. Mas
    a mente, que é a mais intensa de todas as coisas incorpóreas, tem em seu
    corpo de fogo, o mais intenso de todos os elementos materiais. A mente é a
    criadora de coisas, e em fazer as coisas ela usa o fogo como seu
    instrumento. A mente do universo é a criadora de todas as coisas; mas a
    mente humana cria apenas coisas
    terrestres; pois a mente que está no homem está desnudada de sua veste de
    fogo, e então não pode fazer coisas divinas, sendo somente humana, por causa
    de seu lugar de morada. Agora a alma humana, - não realmente toda alma
    humana, mas a alma piedosa, - é demoníaca ( no sentido de daemon - um ser
    sobrenatural, não necessariamente mau - nota do tradutor ) e divina. E tal
    alma, quando ela alcançou a devoção, - e isto significa, quando ela conhece
    Deus, e não foi injusta com homem nenhum, - torna-se mente em todas as
    partes; e é ordenado que depois que ela deixar o corpo, quando ela se tornar
    um daemon, ela deve receber um corpo de fogo, de forma que ela possa
    trabalhar a serviço de Deus. Mas a alma incrédula retém sua próprio
    substância inalterada; sofre um castigo auto-infligido, e busca um corpo
    terrestre onde possa entrar. Mas ela pode entrar em um corpo humano
    somente; pois nenhum outro
    tipo de corpo pode conter uma alma humana. ( Nota do original em inglês:
    este trecho coloca-se em oposição com o que foi escrito acima e deve ter
    sido escrito por outro autor e atribuído também a Hermes ) Não é permitido
    que uma alma humana deva cair tão baixo para entrar no corpo de um animal
    irracional; é uma lei de Deus que almas humanas devam ser mantidas
    protegidas de uma afronta como esta. - Tat . Diga-me então, Pai, como são as
    almas humanas castigadas! - Hermes . Por que, que castigo maior pode
    existir, meu filho, que a impiedade? Que fogo queima com uma chama tão feroz
    quanto a impiedade? Que besta voraz tem tal poder para mutilar o corpo, como
    a impiedade tem para mutilar a alma! Você não vê que torturas a alma
    incrédula suporta? Ela grita 'eu estou em chamas, eu estou queimando; eu não
    sei o que dizer ou o que fazer; miserável eu sou, eu sou devorado pelas
    misérias que se mantêm em mim.' Não são tais gritos os clamores de uma alma
    que está
    sofrendo castigo! Ou você também, meu filho, supõe, como a maioria dos
    homens faz, que uma alma, quando ela deixa o corpo, entra em uma besta! Isto
    é um erro muito grande. As almas são castigadas deste modo: a mente, quando
    ela entra em uma alma incrédula, atormenta-a com os açoites de seus pecados,
    e por estes açoites é castigada: é impelida para a blasfêmia contra Deus,
    assassinatos, atrocidades e ações múltiplas de violência pelas quais os
    homens são injustiçados. Mas quando a mente entra em uma alma piedosa,
    conduz aquela alma para a luz do conhecimento: e tal alma nunca se cansa de
    rezar e abençoar a Deus, e fazer todo tipo de bem para todos os homens,
    através de palavras e ações, em imitação a seu Pai. Então, meu filho, quando
    você estiver dando graças a Deus, você deve rezar para que a mente atribuída
    a você seja uma boa mente. Uma alma então pode subir para um grau
    mais alto de ser,
    mas não pode submergir para um grau mais baixo. Existe comunhão
    entre alma e alma. As almas dos deuses estão em comunhão com as dos homens,
    e as almas dos homens com aquelas das criaturas irracionais. A mais alta tem
    a mais baixa em seu fardo; deuses cuidam dos homens, e homens cuidam das
    criaturas irracionais. E Deus cuida de tudo; pois Ele é o mais elevado. O
    Kosmos então está sujeito a Deus; o homem está sujeito ao Kosmos; as
    criaturas sem razão estão sujeitas ao homem; e Deus está acima de tudo e
    vigia tudo. As forças divinas são por assim dizer radiações emitidas por
    Deus; as forças que trabalham o nascimento e crescimento são radiações
    emitidas pelo Kosmos; a arte e ofícios são radiações emitidas pelo homem. As
    forças divinas operam por meio do Kosmos e sua operação alcança o homem por
    meio das radiações cósmicas às quais o nascimento e crescimento são devidos;
    e as forças que trabalham
    o nascimento e crescimento operam por meio dos elementos materiais. Deste
    modo o universo é administrado. Todas as coisas são dependentes apenas do
    ser de Deus e são administradas por meio de mente, apenas. Não existe nada
    mais divino que a mente, nada mais potente em sua operação, nada mais hábil
    para unir homens aos deuses, e deuses aos homens. A mente é o 'bom daemon';
    santificada seja a alma que está preenchida com a mente, e desafortunada é a
    alma que está destituída dela. - Tat . Novamente eu pergunto a você, pai, o
    que você quer dizer com isto? - Hermes . Você pensa então, meu filho, que
    toda alma tem uma mente? [Isto é, a boa mente; pois é da boa mente que eu
    estou falando agora, e não da mente que eu falei antes, isto é, a mente que
    é empregada em serviço, e é enviada abaixo por justiça penal.] Geralmente a
    mente deixa a alma; e nestas ocasiões, a alma não pode nem ver nem ouvir,
    mas é como um besta destituída de razão. Pois um alma sem mente 'não pode
    nem dizer nada nem fazer nada'; tão grande é o poder da mente. Nem pode a
    mente suportar uma alma entorpecida; abandona a alma que está fixada ao
    corpo, e segura no abraço do corpo. Tal alma, meu filho, não tem nenhuma
    mente nela; e então tal ser não deve ser julgado um homem. Pois o
    homem é um ser de natureza divina; ele é comparável, não com as outras
    criaturas vivas na Terra, mas com os deuses no céu. Não, se nós formos falar
    a verdade sem medo, aquele que é realmente um homem está acima dos deuses do
    céu, ou de qualquer modo ele os iguala em poder. Nenhum dos deuses do céu
    irá jamais deixar o céu, e ultrapassar seu limite, e vir até a Terra; mas o
    homem ascende até o céu, e o mede; e o que é mais importante, ele vai para o
    céu sem deixar a Terra; pois para uma distância tão vasta ele pode estender
    seu poder. Nós não devemos temer, então, dizer que um homem na Terra é um
    deus mortal, e que
    um deus no céu é um homem imortal. Todas as coisas então, são
    administradas através destes dois, o Kosmos e o Homem; mas todas as coisas
    são governadas apenas por Deus. Livro: Hermética (atribuído à Hermes
    Trimegistus) , Shambala 1993 Tradutores: Walter Scott (inglês) / NoKhooja
    (português

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    posted by iSygrun Woelundr @ 7:51 da tarde  
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